terça-feira, 27 de novembro de 2012

Doce fuga.

Já era uma característica minha fugir, de tudo e todos, nada me prende, nem me tocava até então. A visita ao paraíso parecia uma realidade paralela a tudo aquilo que vivi, até perceber o quanto eu negligenciava meus próprios desejos até tudo se tornar uma prisão insuportável, até mesmo descobrir que olhos marejados e presos não podiam ser lidos facilmente, sempre correndo, de volta as fugas rotineiras, fuga pela sobrevivência, a sobrevivência dos meus desejos, parece que eu estou acordando de um coma ou pode ter sido tudo um sonho, uma manifestação do meu inconsciente, as últimas estrelas cadentes se foram num céu obscuro eu passeio com uma amiga chamada melancolia, esta angustia toda que queima na minha corrente sanguínea, um dia eu entenderei todo esse abismo que eu sou, essa dimensão em que me encontro, essa barreira social, talvez eu não seja mesmo deste mundo, e se eu fui enviado para uma pesquisa eu direi que não consegui entender nada de tudo que vivi de tudo que passei não haverá lição alguma a ser levada por mim aos povos de outros mundo que fique claro. Eu gosto das manhãs nubladas e das tardes chuvosas, de alguma forma me trazem lembranças ainda não confidenciadas, eu sou todo desencontros e tudo é por acaso, sorte não é o meu forte nem nunca será, escapo porém não sei se estou ileso, talvez as feridas dessa viagem serão os sinais que seguirei na próxima, ou talvez eu esteja apenas submerso em teorias fajutas, estou mesmo precisando de um mapa que me guie dentro desses sonhos, fora do tempo e dentro das possibilidades futuras, aliás que será do futuro se não eu com algumas rugas, café e cigarro os risos vão perdendo força para uma expressão cada vez mais calejada, crianças me encantam por conta de tanta vitalidade e brilho nos olhos, aquele tipo de brilho que vai se esvaindo quando crescemos, a tristeza talvez seja um ótimo estado de espírito, esta benção por ainda sentir algo mesmo que seja isto que na ditadura do mundo de pessoas euforicamente felizes jamais será aceita, mas bem talvez eu também me sinta barrado e proíbido, negligenciado e desprivilegiado eu faço então da tristeza meu refúgio onde eu possa ouvir essas músicas tristes sem me preocupar com esse liquido que escorre lentamente dos meus olhos, talvez seja um processo de luto, um luto do que eu não fui nem serei, assim então eu faço do meu quarto meu esconderijo, e da minha imaginação minha doce fuga, onde eu sei que apenas aqui a realidade não é tão fora do que me é real, então assim eu vou me tornando isto ainda não definido, os anos passam e eu enferrujo dentro do casulo, não há porque acreditar, lá fora, aqui dentro em qualquer lugar eu estarei, evaporando aos poucos, me espalhando por lugares e pessoas, nessa fuga toda quem sabe um dia alguma coisa consiga me prender e então essa ânsia de tudo que ainda não existiu pra mim, o inabitável desejo seja preenchido e haverá então acalento para esta alma navegante e fugitiva, haverá amanhecer sem ressacas mortais e desejos de aprovação, espero que não demore muito, até lá então considere-me um doce passageiro, um cumprimento matinal, um bom dia ou boa tarde mas quase nunca um até logo.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Três degraus.

Uma escada no fim do corredor, tudo que eu tenho que fazer é subir, mas sem pernas e com os braços atados fica difícil, dividi toda a grande escalada em três degraus, o primeiro passo sempre o mais difícil, tomar a escolha, um rumo e seguir obviamente eu só poderia ir pela aquela escada, me sinto como um bebê engatinhando, ou como naquela história do menino lobo que teve que aprender a viver sozinho numa floresta com animais, o ser humano tem a magnífica capacidade de se adaptar para sobreviver em qualquer meio então suponho que eu conseguirei. Quanto tempo levará até eu conseguir superar esta jornada?! Será que ela termina quando eu subir esta escada?! Tentando racionalizar tudo na minha cabeça, mesmo não sendo muito fã da matemática lógica, tem uma frase que diz que todos irão te decepcionar, você só precisa selecionar pelo que vale a pena continuar acreditando, eu continuo acreditando em mim e na minha força de vontade de me fazer bem, não quero depender de algo externo, e se for pra ser assim que eu apenas precise de músicas, filmes e livros, talvez a cura pra esse vazio existencial esteja nas lições deixadas por outras pessoas e não nas pessoas em si, eu sigo colecionando um monte de dores, decepções e frustrações, começo a acreditar que está na hora de mudar essa coleção sem ter ninguém que menospreze o que eu sinto e se há alguém que não vá menosprezar isso esse alguém sou eu, agora já posso ver a escada como uma volta em um cavalo selvagem onde tento me equilibrar e veja só já estou aqui no primeiro degrau. Segundo passo: Confiança. Em quem buscá-la se não em mim mesmo?! Eu não vou abandonar o navio da minha própria história porque sou eu quem a escrevo, sou eu quem decide subir o próximo degrau ou ficar estagnado subtraindo tudo que o meio me injeta sem perguntar se estou gostando ou não! Nunca gostei de livros de auto-ajuda e acho realmente que estamos todos fadados a sucumbir no final da história, mas acredito no poder de gozar de está vivo, do meu propósito e eu não estou falando religiosamente ou coisa do tipo, pois foi quando cansei de esperar o príncipe encantado que descobri que nesse conto eu sou o príncipe/rei e dono do meu próprio mundo, todos no mundo podem me virar as costas ou me apunhalar mais eu jamais devo desistir de mim mesmo, sou todo instintos, essa sede aguçada de vivência e da busca pelo prazer total que preencha essa lacuna no meio dos rabiscos, tô aqui sem a mínima perspectiva para esta manhã, estou livre no fim da tarde, também não irei fazer nada esta semana, aliás tenho todo um ano sem compromissos, eu mesmo estou cortando esse cordão umbilical, não sei se isto servirá de alguma coisa o tempo não pára talvez eu posso me surpreender com alguém que valha a pena, talvez alguém possa me surpreender mas aqui sozinho só eu posso subir o próximo degrau. Terceiro passo: Disciplina, é tudo que eu posso levar de como subi os primeiros degraus sem me machucar de como seguirei até o fim, eu sei que não existe felicidade plena, eu sei que haverão tantas outras tempestades e dúvidas, eu tô saindo da zona de conforto pra isso! Aliás que zona de conforto mais desconfortante, quero falar sobre o que penso sem ser questionado, quero falar das minhas teorias sem ser subjulgado quero olho no olho sem fraquejar, quero parar de fumar quando eu quiser e não só pelo papo "saúde", estes degraus não tem mais graça se a altura deles não aumentarem, se a dificuldade não for impostas, se os desafios pararem logo eu vou parar também, tem um ditado chinês/japonês/koreano não sei bem a origem, mas que fala sobre um velho samurai que recusou uma batalha, quando questionado o porque da recusa ele indagou que da mesma forma quando alguém lhe presenteia e você recusa o presente este mesmo volta pra pessoa que o ofereceu são os sentimentos só é nosso aquilo que acolhemos o que recusamos de bom ou ruim volta a quem nos enviou, não sei se é bem assim a história mais creio que entendi o básico dela, continuo a subida estando aberto apenas ao que me convém e me fizer bem, mas sempre tendo em mente que que minha felicidade jamais estará nas mãos de outras pessoas, isso só pode começar e terminar comigo, um dia eu ouvirei o seu nome e não vou mais tremer por dentro, um dia eu vou amar exatamente aquilo que eu tenho, vai ser meu sem lutas, sem brigas, sem mais shows e dramas eu saberei de alguma forma, só porque não virá mais de fora, sem ser implorado nem mendigado porque partirá de dentro, sem questões aí sim talvez eu perceba que já estarei no topo da escada, não quero nada advindo de uma guerra, minha maior vitória será conquistada numa guerra sim, numa guerra comigo mesmo, perdendo ou ganhando podem falar de egoísmo o quanto quiserem, mas todos nós somos egoístas em relação ao nossos próprios prazeres, quem sabe alguém me mostre outra forma e me convença do contrário até lá vou seguir por mim desta vez e não por eles.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Nada sei sobre o amor.

Eu nada sei sobre a vida, eu pouco sei sobre o amor, só sei que chega uma hora que tudo parece motivo pra uma queda de braço interminável quem conseguir fingir que menos se importa ganha, não sei a que cargo eu fui destinado nisso tudo na maioria do tempo parece que estou procurando focos de fogo dentro d'água, eu nunca fui bom em nada então presumesse que eu também não seria bom nisto, na maioria do tempo eu me sinto uma pedra, apenas observo pra só depois agir, é como se fosse um grande jogo de avançar e regredir em casas só que sem o dado. Fico a pensar qual seria o passo certo a tomar avançar ou voltar, talvez voltar todas as casas e recomeçar ou avançar até o fim do jogo? Ou quem sabe me internar de vez e declarar total insanidade, existem várias teorias sobre o amor, todas falhas porque acho que ninguém é capaz de decifrar tudo, porque qualquer atitude da outra pessoa é capaz de manipular teu comportamento teu ânimo, somos apenas reféns das atitudes alheias?! Eu nunca fui de extremos na verdade eu odeio estardalhaços mas agora eu me sinto o maior barulho do mundo, feito criança eu espernio e grito em busca de atenção, eu não tenho mais controle algum sobre meus atos e é tão ruim você se sentir totalmente refém disto, é uma loucura tudo isto e eu estou indo junto com o fluxo, é como dar uma festa pra alguém que nem se quer irá a ela, e mais uma vez eu vou encher a cara e ser o último a ficar após a festa acabar, em troca de que eu estou me destruindo? E quem realmente está sendo feliz nisto tudo? Haverá uma oficina onde se conserta sentimentos? Vai ver que é só uma neblina no caminho, são tantas teorias pra tão pouca prática, existem várias versões e instruções mais dane-se eu não vou seguir mesmo nenhum conselho no fundo eu sigo só o que eu sinto, mesmo que isso implique em te despedaçar em mil pedaços só pra me sentir bem quando eu achar que você já me quebrou de várias formas mesmo, tá vendo? então o amor se tornou isso? um jogo de vinganças bobas, ver quem machuca mais, quem cava mais fundo o buraco, no mais eu faço todo escarcel pra acabar ajoelhado implorando alguma coisa, percebo como isso não faz sentido, bater pra depois pedir desculpa, parece uma dependência absurda de atenção, as consequências quem se importa com elas em uma hora dessas? Quem se preocupa o quanto voltamos feridos de cada batalha?! As dúvidas afetam nossa visão diretamente, nos cegam e muitas vezes nos destróem, seria demais pedir trégua ou apenas levantar a bandeira branca, será que há algum prazer nisso? Ou a aniquilação total dos sentimentos ou essas pequenas doses letais, desmatamento total dos sentimentos, deveríamos mesmo preservar essa decaptação própria de nós mesmos? E como/quando/onde serermos realmente livres pra saber o que é amar, talvez eu não descubra tão cedo o que significa isso, não vou dizer que eu precise perder para aprender pois já perdi várias vezes, e o que eu posso concluir é que não adianta se acorrentar a nada, uma hora as correntes quebram e apenas o que é naturalmente seu fica, então acho q o tempo vai passando e agente vai aprendendo, aprendemos com o tempo q tambem leva um pouco de nós crescendo em um lado e esvainescendo de outro, talvez essa questão de não entender o amor me faça perder várias noite de sonos, perder os cabelos, derramar lágrimas, mas só depois de por a mão sob o fogo aprendemos que isso a queima, então primeiro vamos passar por tudo isso e depois então quem sabe agente entenda o por que, enquanto não o entendemos, apenas o vivemos.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Quando o vazio bate a porta.

Ir ao cinema sozinho, andar pelas ruas sozinho, pensar quase sempre em uma sintonia diferente, e quando percebo o quão estou repleto do nada, um vazio quase que insuportável que insiste em assolar do lado de dentro. O que desce no canto do olho tomou forma o que antes não era nada agora tem uma forma líquida bem cristalina que escorre pelo meu rosto, nada costuma ser como era antes, sinto saudades da minha infância, onde parecia que eu sabia tudo sobre a vida, então cresci e não sei mais de nada, pelo contrário, penso que a melhor forma de se começar algo novo é partindo do zero, e se estou tão vazio talvez eu esteja clamando por um novo início, queria enchergar a tardes boas naquela praça, o brilho no olhar e a capacidade de acreditar no lado bom das pessoas, em fazer algo só por ver o bem de alguém, eu que sou feito de sentimentos imediatos, não sei guardar nem riso nem lágrimas, nem amor nem dor, tudo me afeta como uma injeção letal de efeito rápido, as vezes algo tão pequeno me infesta completamente, não sei viver o que sinto por metades, é tudo em todo, não me venha com rios quando eu quiser o mar, aparentemente tenho tudo aquilo que alguém pode querer, tenho pessoas incrivéis que não as trocaria por nada, mais eu me trocaria se fosse possível, onde tudo é caos o que irá me acalentar? Me guardar? O que irá me salvar desse mal todo que sou eu mesmo?! Meu maior medo é todo esse nada, essas questões, tudo que não entendo que acaba refletindo nas certezas alheias, suas certezas não são menores ou falsas por causa das minhas dúvidas mas minhas dúvidas podem sim serem menores e falsas perante as certezas alheias, e quem dirá que não a lógica em não estar bem quando se tem todos motivos pra estar?! O que eu não daria pra ouvir um eu te entendo! O que eu não faria pra traduzir meus sentimentos em uma música cantada em um a língua universal, enquanto eu não posso esvair-me desse nada, eu acumulo-o o nada, o vazio que chegar no fim da noite, sem nenhum motivo ele se intala aqui talvez por tempo indeterminado, talvez por necessidade determinada, talvez seja apenas o início ou o fim do nada, mas de qualquer forma eu ainda aplaudo mesmo com ignorância a felicidade mesmo que sendo a de terceiros, ainda não consegui decifrar as felicidades alheias, nem como algumas pessoas maqueiam e criam seus próprios momentos de felicidade, talvez eu seja apenas estúpido demais pra esperar que ela venha assim como esse vazio vem, sem ser proporcionada, sem ser uma felicidade artificial, enquanto isso ainda me restará uma companhia talvez tão triste quanto a espera, o vazio.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

"Perdendo o brilho"

Tem uma letra em ingles que diz "eu sou encrenqueira, eu sou brilhante e infeliz também e é por isso que sou tão engraçada" talvez ela me defina bem, existe infinitas possibilidades lá fora, aqui dentro sempre as piores são cogitadas, o fim do mundo não chegaria nem aos pés de como eu posso ser pessimista nestes momentos, um linha tênue entre o ápice da alegria e o mais profundo poço de tristeza, eu tenho uma habilidade especial em destruir datas especiais  sempre foi assim, desde criança quando estragava a ceia de natal na casa dos meus avós, era sempre a criança chata que nunca se misturava com os primos, mas e agora que já passou infância e adolescência? Não posso mais me negar ao mundo como sempre fiz, simplesmente fechar as cortinas e dormir, fugir neste mundo que é meu quarto como tantas vezes fiz, agora parece que estas paredes estão caindo e que eu estou totalmente desprotegido é como se eu não pudesse escapar desta sina louca de princesa enclausurada a espera de um príncipe que virá em um cavalo branco, mais isso não existe a não ser nos filmes da Disney!, a cada dia é como se um pouco da minha luz se apagasse aos poucos eu vou me escurecendo me tornando cada vez mais robótico, assentimental, é como se algumas coisas nem conseguissem mais me tocar em contrapartida  a isso chorei segunda com uma comédia romantica tão boba, deve ser porque era véspera do dia dos namorados e eu estava praticamente solteiro, mais uma fassanha minha em estragar datas especiais, será se tenho algum conserto? Enquanto eu choro com o superficial e me distancio do íntimo e pessoal os dias viram noites, entre porres e risos eufóricos de um desesperador pedido de não me deixe, só pareço me apegar com todas as forças a qualquer coisa que se mova e ao mesmo tempo me largo de tudo que faz sentido jogo tudo fora só pra depois lamentar a perca com um drama quase que teatral belas palavras tolas, gosto de comer rápido só pra depois vomitar tudo, bulimia social? O caminho, este mesmo que se desenha a cada segundo eu borro todo só pra deixar bem claro o quão desejo me perder dentre tudo e todos, poderia eu me prender ao efémero do que a beleza natural das coisas que irão perdurar por mais tempo que a minha própria existência?!, não existe resposta para o que sinto nem para o que faço, apenas faço, apenas sou, decadente, falído e sem escolhas com um coração que parece mais um ferro velho, entre todas as sucatas que permanecem por aqui existe uma que jamais sairá deste ferro velho e eu não posso negar que por mais que eu me apague existe lá fora alguém que sempre vai poder ascender uma luz, nem que essa pessoa seja as estrelas do céu a iluminar uma noite qualquer, enquanto caminho e fumo mais um cigarro, a solidão está por todas as partes, pior ou não ela tambem se encontra em mim, sigo, sem brilho, sem companhia e com uma vaga esperança porque por mais que o caminho seja borrado até mesmo os piores caminhos levam a algum lugar.


quinta-feira, 31 de maio de 2012

Esquecimentos.

Na última aula de humanismo no sábado, perguntaram para a professora por que nos esquecemos das coisas, a professora por sua vez respondeu: Porque é vital para nós seres humanos nos esquecermos de certas coisas, a nossa memória prioriza o importante no presente e com o tempo certas coisas vão sendo esquecidas, já imaginou se não? ficaríamos todos loucos lembrando de todas as dores do passado, de todas as brigas, quedas, angústias etc... Hoje 5 dias após essa aula eu vejo o quanto é importante esquecer, saber deletar mesmo da memória, bola pra frente, e todos esses ditados populares piegas que estimulam e auto-ajudam, numa perspectiva a curto prazo eu sei que é impossível você simplesmente desejar quero esquecer disso e "puf" esquecer, vai levar muitas noites em claro, muitos cigarros tragados, muitos porres, peraí eu tô auto escrevendo outra postagem minha? uma lá do final de 2009? Então eu já me esqueci de como é legal saber das mentiras alheias, talvez eu seja paranóico demais então me ponham numa camisa de força e me deixem recluso da sociedade, eu vou esquecer o por que estou lá? E toda vez que eu te olhar vou jogar na minha cara toda a verdade porque sim eu ainda lembrarei, até no dia em que eu não mais reconhecer meu próprio rosto, tudo o que eu te falei dormindo e tudo que eu vivi sonhando, nem mesmo as maiores rochas do planeta sovrevivem a erosão e ao tempo, que dirá de mim que tento não me molhar na tempestade, a batida da água da chuva vai moldando as rochas, as quedas vão ensinando as reerguidas e os nossos erros nos ensinam o caminho, e qual o caminho a seguir após este erro? Eu sou o senhor das dúvidas, pondero tudo, penso tudo só pra em seguida fazer a escolha errada, mania de quem já caiu demais, quando você cai muito de uma bicicleta você sempre fica receoso de subir em outra, experiências pós-traumáticas a parte eu sim sou um exímio exemplo de quem pisa primeiro no chão pra ver se não é areia movediça, e nisso vou dando meus pulos e sobrevivendo sem um arranhão, talvez eu volte, talvez não quem sabe? talvez eu prove que estou certo e que o caminho duvidoso não valha a pena, ou talvez você me mostre que o caminho não tem que ser o mesmo sempre, vai depender de mim, vai depender de você e talvéz não dependa nada de nós, apenas ao tempo.


 "Tenta achar que não é assim tão mal
exercita a paciência
guarda os pulsos pro final
saíde de emergência."

terça-feira, 29 de maio de 2012

Bon voyage!

Sabe quando você acorda atordoado de um pesadelo? Pior ainda você abre os olhos e ver que não era um pesadelo... Dos meus piores medo este era um realmente que eu jamais esperava que se concretizasse, não consigo pensar em mais nada (não há mais nada para pensar), além de um grande vazio, parece que as setas que indicavam o caminho simplesmente se apagaram, um último ato, eu nunca esperei isso, estou descobrindo que todos seres humanos são assim, é difícil aceitar que aquele que você ama/amou não é aquele sinônimo de perfeição que você pensava, eu fui errado em te colocar em um pedestal e te adorar? Eu sei que eu quero simplesmente sumir, esvainecer-me com o vento, talvez um dia você ouça alguém falar de mim, não sei que notícias chegaram até você espero que sejam boas, espero que você seja feliz, espero que sejamos felizes, eu espero tanta coisa, se tivesse um modo de entrar em coma e acordar daqui a 20 anos eu faria só pra ver como as coisas estarão lá na frente, com quem você vai estar, ou com quantos esteve enquanto eu "dormia", com quantos você realmente esteve quando eu não segurava sua mão? Será que um dia eu não tremerei ao ouvir alguém falar seu nome? Será que eu vou evitar os mesmos lugares que você? Quem será que nós seremos? Ou melhor quem realmente somos? Eu não sei quem sou e provavelmente não sei quem você é, queria eu saber mais não sei! Vai ser como um duelo mexicano seguiremos de costas um para o outro, sem a parte de nos virarmos e atirarmos, ou melhor talvez você já tenha atirado, bem no meu peito, eu morri, você ganha! Não me importo de levar comigo essa derrota aliás só se decepciona quem gera muita expectativae eu realmente criei muita expectativa tratei como um Deus um relis mortal, e tenho que pagar por isso, vou pagar toda vez que lembrar que outro alguém provou seus lábios e deitou ao seu lado, e sempre com essa lembrança virá uma lagrima que desce do meu olho e a cicatriz desse tiro no peito será que vai cicatrizar? não sei, não sei, quem saberá? foi mais uma história de amor, como tantas nos filmes desses que um dos protagonistas morre no final eu aceito esse papel, você segue firme e convicto um tempo de luto e logo depois sua vida continuará plena e jovial, só espero que o brilho do seu sorriso jamais se apague nem se torne um sorriso amarelo e forçado como o meu, voe o mais alto que puder, voe enquanto você pode, por mim por você por nós, porque agora será você aí e eu em algum lugar não mais nós...

Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou

terça-feira, 22 de maio de 2012

Ah os pápeis...

A cada um de nós , dizem que foi destinado um papel, há quem odeie ser quem é, há os que se fazem de loucos, os dramáticos e há também aqueles que nasceram pra lutar... Ahh todas essas convenções sociais, que danem-se todos os papeis, personagens e pretensões, todos os conflitos, há quem assista uma apresentadora de tv chorando e atuando sobre sua própria vida na tv e acredite, há quem nem tenha tv em casa, há pobre e ricos, ricos de dinheiro pobres de amor, pobres de dinheiro e ricos de alegria de viver, quais são as significações de ser o que se é? e por que agem e vestem tão bem as carapuças lhe dadas? Vestir a carapuça afinal você já vestiu a sua hoje? um mundo em que indireta é mais disputada que elogios, onde ser notado pela sua beleza é mais importante do que ser notado pela sua inteligência ta sendo priorizado, quem falou que é ruim pegar o papel de vilão? há quem idolatre Hitler e odeie Jesus, há quem não acredite em nada e viva feliz, há quem acredite em tudo em um desespero surreal do fim, ahh o fim, quando as cortinas se fecham e você pode se livrar totalmente do seu papel, que fardo ter que ostentar uma imagem até o final não é?! Quando as pessoas vão perceber que não precisam ser aquilo que ostentam por convenção para sempre? Você não tem que ser o chato, o solteirão, o encalhado, a gordinha, o gay, o nerd pra sempre, enquanto "atuamos" ao vivo nisso que se diz ser uma existência limitada você pode ser tudo aquilo que quiser, você existe em uma breve pausa e nunca se sabe quando é o fim do espetáculo, você pode ser vários personagens durante sua vida, não consigo imaginar toda uma história sendo sempre o pessimista ou o otimista o bom é variar ser um pouco disso um pouco daquilo, não se preocupe com a platéia, as vezes ela pode não entender quais as intenções do seu personagem podem até duvidar da sua credibilidade mais se você está vivendo planamente a arte de não ser enquandrado em um esteriótipo, parabéns! Pobre daqueles que se enquadram, se rotulam, e se prendem a um pobre papel fixo, se engessam a vida toda, se tornam velhos rabugentos, os vilões dessa peça chamada vida talvez realmente sejam essas pessoas, que negam suas vontades com medo da vaia da platéia, que me venham todas as vaias, ou que me vangloriem não sei, mais que principalmente eu faça aquilo que eu queira fazer, que eu goze da minha vontade, que eu viva plenamente o que sou, quem sou e como sou, hoje, agora e amanhã? amanhã talvez eu canse disso tudo e mude e daí? enquanto eu estiver vivo que eu seja sempre o que me vier a calhar ser, que eu seja sempre o que me der na telha, enquanto a platéia? Não se preocupe esse espetáculo não se paga ingresso pra entrar eles te veêm e se gostarem vão permancer para outras exibições e se não gostarem você mesmo vai agradecer a retirada e perceber que nesse espetáculo chamado vida sempre será feito de algumas vaias e alguns aplausos, mais e daí os papeis nem sempre agradam a todos não é?! e se não agrada hoje quem sabe amanhã você não pode inverter esse papel o bom é sempre está disposto a trasnformar seu dia a seu favor, quem te vaiou ontem pode se surpreender com quem você vier a ser amanhã!



quinta-feira, 3 de maio de 2012

Entre mares.

Entre mares eu navego, entre marés brabas e outras tranquilas eu navego, entre ondas que vem e que vão, entre sábios e leigos, ventos amigos que me levam onde quero e tempestades escuras que me jogam nas mais profundas águas, eu navego, alguns rostos, alguns toques, alguns sorrisos a vida parece sempre ser assim gente que vem e gente que vai, nunca sei se sou o porto ou o barco que parte, quando sua memória começa a falhar ou talvez sejam apenas lembranças não tão importantes que vão sendo apagadas para guardar as novas... Mais um dia é menos um dia nessa estrada, nesse momento de existência, nesse hiato que é viver, descobri que não adianta atalhos quando o caminho  é um só, viver sem precendentes, as responsabilidades, os temores, os amores, são apenas encruzilhadas, quando tua vida passar pela minha, quando dois barcos se encontram no mar nesse momento só os dois na imensidão do mar, momento único, sem tempo pra pausa sem tempo pra estudar as coordenadas, de repente os barcos se cruzam e só fica a imagem no horizonte um sumindo pro outro lentamente, talvez a vida seja esses eternos encontros, linhas imaginárias que se cruzam uma vez tocadase nunca mais... Você pode velejar arrumar as velas até tentar decidir pra onde os ventos te levarão mas jamais pode decidir quem fica e quem vai e em qual barco você está nesse contexto, somos responsáveis pelo o ódio e pelo amor que nutrimos das pessoas como diz aquela frase de porta de banheiro " Atitudes determinam quem entram e quem sai" atitudes nossas, dos outros, é bom saber lidar com a frustração e com a  decepção assim como é bom gozar das expectativas que se concretizaram positivamente, aprender a navegar com toda a vulnerabilidade do mar, mesmo quando pensamos que vai ser só uma chuva e vem uma torrencial, o que chamamos de vida pode ser aprender a dançar numa jukebox que você nunca sabe qual o próximo estilo a ser tocadod e repente estamos sendo embalados por uma música calma e ambiente e de repente vem um heavy metal, o fato de sermos sempre este ser inacabado e em constantes transformações nos faz viver querendo apenas um tipo de música, mais ainda não temos o controle sobre essa jukebox imprevisível, o que nos resta além de navegar entre esses tantos mares existentes, apontar pra um caminho e seguir, saiba lidar com as decepções das escolhas e não se ache tanto com as vitórias os bons ventos que as trazem também as levam, o eterno perde e ganha e no final quem vai ganhar? talvez nem mesmo esse balé em que estamos fadados a dançar até não nos suportamos mais em pé não tenha nenhum sentido você tem que fazer o sentido enquanto existe, enquanto você ainda navega, saber dançar enquanto você ainda pode, rir enquanto pode é tudo uma questão de "enquanto", é tudo tempo se passando, as velas estão apostas basta não ancorar e seguir, seguir e seguir viver é questão de agora.

domingo, 22 de abril de 2012

Eu nunca...

Talvez eu não seja daquelas pessoas com personalidade marcante sabe eu estive pensando e depois de uma semana doente nenhuma ligação ou mensagem, ninguém lembrando de você, eu nunca fui o mais popular do colégio, na vida toda eu só recebi um presente de aniversário um livro de uma grande amiga, eu nunca tive aniversários surpresas, nem recebi nenhuma homenagem, eu nunca salvei alguém em apuros e nem tive nenhum ato heróico, não recebi a chava da cidade, nem vivi um amor impossível, nunca fui lembrado por professores, eu nunca fui o filhinho da mamãe eu tinha uma irmã encrequeira que era o centro da familia, eu não tenho histórias mirabolantes pra contar nem um papo legal que te deixa preso mais que 20 minutos, lembro-me que nos meus 15 anos tudo o que eu queria era passar desapercebido, não chamar atenção de nenhuma maneira, me tremia todo quando o professor chamava meu nome pra ler o que quer que fosse na frente da classe, e hoje quase 10 anos depois eu até que queria saber como é ser o a caça e não o caçador, eu sempre fui mais telespectador, eu nunca bati em ninguém, talvez tenha até feito um ou outro rir de alguma idiotice que falei sempre pareci o bobo da corte eu nunca me senti amado totalmente, eu já fiz loucuras e já cortei o país por alguém, ninguém nunca atravessou a rua por mim... Eu nunca chorei atravéz de emoções própias eu sempre chorei vendo filmes, eu sempre senti as emoções por um filtro, talvez eu tenha vindo a um mundo onde tudo já foi dito, vivido e sentido por outros. Eu nunca me surpreendi com nenhuma atitude, eu nunca realizei um sonho, eu nunca quebrei as regras, eu nunca zombei de alguém por deficiência, eu nunca desejei a morte de alguém, mais já me imaginei maltrantando algumas pessoas, eu já senti ódio, eu já senti pena, eu já morri de amor eu já fugi da cena, eu nunca consigo manter o foco, minha memória não me escraviza como também não me ensina, eu já disse desculpas e me perdoe mesmo estando totalmente com a razão, eu nunca ouvi desculpas mesmo estando completamento com a razão, eu sempre perdoou antes de necessitar de desculpas eu sempre corro atras pra me redimir mesmo nunca ninguém indo atras de mim, talvez eu não faça a mínima diferença no mundo talvez o mundo não faça a mínima diferença em mim, talvez porque eu não seja deste mundo ou talvez porque esse mundo não seja de mim...


quarta-feira, 11 de abril de 2012

O lobo.

Aniversários depois dos 19 ou dos 20 sempre só me serviram pra me trazer uma puta crise existencial, este ano farei 25 anos e ainda faltam 2 meses e eu já estou tremendo na base, eu não sei bem como pensar sobre vários assuntos nem que opinião ter, geralmente meus embasamentos são feitos de coisas tão efêmeras, do futuro que eu idealizei na adolescência ao que tenho hoje nada foi como pensei, e mesmo estando namorando na maioria do tempo eu me sinto sozinho, mesmo em uma roda de bar com amigos, do momentos felizes rabiscados no caderno e deixados na estrada, as vezes eu acho que serei um lobo solitário por que as vezes é tão difícil compreender aquilo que quero? talvez eu seja intenso demais, peço uma dose de ventania quando o bar só vende doses de leves brisas, eu sei que eu talvez nunca encontre o meu Romeu idealizado desde a adolescência, a questão é vale a pena se adaptar e aceitar que você está vivendo de migalhas ou que você deve arriscar e procurar alguém que ame com a mesma intensidade que você? Talvez eu esteja querendo manter de pé um espelho quebrado que eu matenho-o colado os pedaços, mais sempre sabe-se que ele jamais se tornará um espelho como antes, uma vez quebrado, mais bem no ano em que vou fazer 25 anos eu quero paz, mais quero amar e ser amado, eu queria saber traduzir todos estes anseios, talvez ele precise de alguém melhor, e eu de alguém que encoste seu pé no meu durante a noite só pra eu não me sentir tão só, talvez eu fuja um dia sem deixar vestígios só pra saber se eu vou sentir falta daquilo que nunca tive, a procura alucinante do amor que eu não tive, em busca de uma erva milagrosa que feche estas feridas, enquanto esqueço meus olhos no teu corpo eu não poderei ver a beleza em mim mesmo, talvez um lobo que não procure companhia no fundo tenha medo, talvez você aprenda que minhas fugas temporárias talvez sejam um preparatório para algo definitivo, mais tanto faz se nestas mesmas fugas não há alarde nem falta, eu sou aquele objeto que vai ser confundido com outro, aquele que você perde no caminho e nem nota, eu posso dizer que um dia amei e sofri e prestes a completar meus 25 anos, posso dizer que perdoei e tentei, que tive paciência e aprendi a esperar... bem não fez muita difença nos resultados ainda me sinto um lobo solitário, aprendi que não adianta muito falar quando só aprendemos quando perdemos, eu tive que perder várias vezes pra te da esse amor sem censura e você meu bem o que terá que perder? talvez não se perca nada quando não se tem nada, mais eu não sei pesar valores e daqui a 2 meses quando fizer meus 25 anos ainda não saberei pesar nada por isso eu fujo por não saber o peso da mochila nas minhas costas.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Um troço chamado amor.

Um belo dia eu acordei e acreditem eu tinha(ainda tenho) um namorado, constantemente estavámos em crise por não sabermos mexer bem nesse troço chamado amor, que estranho algo tão desejado, nós tínhamos encontrado o "pote de ouro" no final do arco-íres tão desejado pelos terráqueos, mais lá estavamos nós, com o amor nas mãos sem saber manuseá-lo, no começo desfrutamos loucamente daquele objeto, fomos às alturas o que nos unia também sufocava, sucumbíamos em juras e promessas sem nos preocupar se conseguiríamos cumpri-las, quanto mais usufruíamos menos entendiamos, mais nos ligávamos cada vez mais um ao outro...
No mais tardar em êxtases e ânimos alterados, quando parecia que aquele objeto estava velho demais, quando todas suas funções tinham sido usadas demasiadamentepor nós, ignorávamos o amor como lixo, fomos infectados por um vírus chamado orgulho, amávamos a nós mesmos, então repartimos o amor, um pedaço para cada um e cada um com o seu! mais não bastava ter ficado com a minha parte eu queria a dele! eu queria submissão, queria ter certeza que seu pedaço jamais seria dado a outra pessoa! mesmo sem saber o que fazer com o meu pedaço de amor, guardei numa gaveta o meu pedaço e fiquei de olho na parte dele! Eu queria que ele trouxesse todas as respostas para meus ânseios e ele também, o orgulho nos impedia de ver que esses pedaços separados não valhia nada, por não querermos agradar nenhum ao outro, não agradavamos ninguém, nem a nós mesmos! Disto nasceu o ódio, mesmo quando estávamos nos mesmos lugares nos ignorávamos, e ríamos desesperadamente para não mostrar que por dentro estávamos aos pedaços... Éramos formidáveis, tinhamos que ser, mostrar fraqueza pra que? se ele estivesse aparentemente feliz eu provaria que estava duplamente mais feliz que ele! Éramos tão tolos, quando se tem amor e não se sabe manusear acabamos traduzindo errado seu significado e leva tempo para entendermos a linguagem do amor, mais em algum lugar dentro de nós mesmo o amor está, recluso e guardado... Proferíamos palavras rudes um ao outro, nos ódiávamos por não sermos mais um do outro, afundávamos em aréia movediça, criávamos armadilhas para machucarmos um ao outro, armadilhas que só serviam para machucar a nós mesmos, odiávamos um ao outro por termos repartido o nosso "pote de outro", nós erámos tão incrivéis juntos e tão falhos separados, percebemos então que nosso amor estava acabando, mais era tão amedrontador perder aquele tesouro(...) Nós dois nos reunimos um dia assim como que por acaso, nossos olhares não conseguiam mentir um para o outro, não foi preciso nem dizer muita coisa, veio uma idéia sabe daquelas que a lâmpada pisca assim em cima da nossa cabeça?! então se juntássemos nosso amor outra vez será se ele duraria bem mais? Então juntamos o que restava do nosso "pote de ouro", ele estava mais dócil e eu totalmente gentil, acho que nunca se entende o que significa esse troço chamado amor, mais juntinho e compartilhado com alguém nossa faz um bem danado! pode ser fácil muito fácil encontrá-lo por aí, talvez só temos que tirar um pouco dessa venda que nos cobre os olhos, esse modismo de dizer que o amor machuca e faz mal, faz se você não souber usar bobinho! mais difícil que achá-lo mesmo só cuida-lo, estamos egoístas demais para dividirmos nossos objetos pessoais, mais quando se trata desse objeto o amor, lembre-se sempre que quando se tem o amor sozinho, ele não irá valer de nada, vai ser só mais um objeto no meio da bagunça do seu quarto, use-o tire a poeira e entregue-o á alguém e reveze o cuidado, duas pessoas cuidam de algo melhor que uma, imagine só um guarda a vigiar um museu ele nunca daria conta, uma hora teria que dormir, que comer... o amor está dentro de você não tenha medo de dividi-lo com alguém por que quando você o entregar você também receberá parte do amor da outra pessoa e você jamais terá que se preocupar quando dormir porque terá alguém cuidando dele por você.

Interrogações..

Não são poucas nem muitas... talvez as minhas perguntas nem tenham respostas...
Nesse coração que está quase atrofiando, nesse cérebro que tá quase parando...
Para onde as pessoas vão pela manhã? E por que elas voltam ao final do dia? Pelo que elas voltam? Eu queria saber das escolhas erradas que trouxeram bons frutos, da lógica matemática que vai fazer a vida valer a pena, eu queria saber do êxito de quem pouco tentou mais logo conseguiu, do por que de tanto poder em mãos erradas, da fome daqueles que tem fome, das lágrimas resultados da audição de uma simples música, dessa miscelânea de fatores que me atravessam todo tempo, do quão mágico pode ser um pôr do sol, já parou para pensar que o próximo segundo pode ser o último? O que você diria? qual seria a última palavra? quanto tempo até sua namorada(o) arrumar um novo amor? quanto tempo até sua lápide parar de receber flores e ser só mais um túmulo esquecido meio de um cemitério? Nos apegamos tanto a esta vida sem saber do que virá depois, rimos, choramos, amamos, sofremos será mesmo que vai ter alguma coisa por fazer no pós? Isso me apavora, não saber das respostas é um belo e angustiante passo na dança, dançamos porém não sabemos o por quê dançamos, há verdade no mundo que caiba todas estas diversidades de pensamentos? Quais os parametros usados para decidir a roupa a vestir a rua que você irá dobrar, a hora de levantar, o momento que você decidiu não pegar aquele avião que acabou caindo, o por quê de uma menina evitar comer para se parecer com outras, ou por quê eu me sinto menor perante algumas pessoas? de onde vem os sentimentos, quem disse que sorrir faz bem e chorar faz mal, se tem gente que chora de rir, tem gente que rir ao chorar, quem vai saber o por quê disto ou daquilo, sei que vou dormir e não sei se irei acordar, e se acordar nem vou lembrar de nada irei fazer automaticamente o percurso da cozinha, rir e dar bom dia, me vestir sem pensar, trabalhos e obrigações, obrigações? obrigações de quem a quem? talvez a maior resposta que tenho observado é que todo dia temos a chance de fazer algo diferente, algo que realmente queremos, mas dormimos e acordamos por um mundo que espera por nós, não somos realmente obrigados, mais as vertentes que te ligam ao mundo te dizem em modo imperativo o que fazer, poderíamos ser bem mais o que queríamos ser, mais fomos robotizados pelo dia-a-dia estamos todos programados a morrer mais ninguém quer diferenciar a sua "utilidade" como "coisa ou energia ativa" no mundo. preferem seguir a risca a cartilha, preferem simplesmente servir a alguém, e na maioria das vezes esse alguém a ser servido não sabe nem da sua existência ou talvez nem exista de fato esse alguém é o bicho papão da sua infância que te obrigava a dormir agora ele te diz o que fazer, enquanto "energia ativa" haja em prol de si mesmo ao menos uma vez, por que todos nós iremos sucumbir, mas poucos irão gozar em nome de si próprio.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Apodrecer.

Então você acorda e não, não há ninguém ao lado, você pensa que droga de vida mais um dia de solidão que se estende preguiçosamente, lentamente, neste fardo que é viver, você liga a tv e vê filmes e novelas que te bombardeiam de historinhas com finais felizes, príncipes e princesas do século XXI, você não é nada se não tiver a sua "tampa da panela", você ouve pessoas lhe dizendo o tempo todo como viver, o que fazer, te enfiam modos convencionais de se viver guela a baixo, a tabela da idade pra isso ou pra aquilo, mulher aos 30 já tem que está casada e com um filho no braço se não deve ser uma solteirona balzaquiana e depressiva, ao sair do ensino fundamental você é obrigatoriatoriamente tem que saber qual profissão seguir entrar na universidade e se formar antes dos 25 e ter uma carreira de sucesso, oras você não que envergonhar seus pais não é?! Bem e se eu lhe contar que existe felicidade na solteirisse? e se eu te contar que meu avó morreu sem saber o que queria da vida e mesmo assim não foi menos feliz que ninguém? são pessoas que condenam uma mulher pelo seu décimo sexto casamento, são evangelicos ditando a regras na bancada do senado, o mundo está num retrocesso e ninguém me avisou é isso? essas convenções sociais não são regras absolutas e aqui ou aculá eu pego um defensor da liberdade discriminando o que alguém falou, a vida não tem intervalos para nos preocuparmos com tantas opiniões diferentes das nossas, dialogar faz bem ouvir outras opiniões também sempre é válido, mais não se deixe levar pelo veneno embutido em algumas "opiniões" você não precisa que alguém lhe diga o que você tem que fazer, você não precisa ter 15 anos pra gostar de uma banda adolescente, nem ser velho o bastante pra ler Dostoievsky, liberte-se destas correntes que te prendem a uma algema imaginária, a vida só faz sentido quando alimentamos nossos desejos, saciamos a sede da alma, quantas pessoas sofrem caladas o peso de ser quem são para uma sociedade que no fundo está pouco se lixando para o que você sente, seja feliz como você é, solteiro, namorando, casado não se iluda com os romances hollywoodianos, eles são produtos a venda, faça da sua felicidade um artesanado próprio não algo artificial feito por outros, busque dentro de você suas respostas siga seus desejos, dance na chuva, trabalhe com o que gosta, não se robotize em meio ao tempo nem siga essa manada que mal sabe pra onde vai nem por que vai, há tanto pouco tempo para gozarmos antes do suspiro final, revitalize, viaje antes que seja tarde, eles não se importam com o que você anda tragando eles querem que você trague o que eles querem, eles ganham com a sua derrota e vibram ao te ve adoecer, eles não sabem nada! faça da felicidade algo redundante, não existe luz no fim deste túnel, a luz não deve ser uma isca para te levar a uma miragem, a verdadeira luz está dentro de você e é você que decide quando a liga ou desliga, só não apodreça esperando que alguém a ascenda pra você.

domingo, 11 de março de 2012

If we could.

Se eu pudesse te prender no meu abraço, tatuar seu corpo no meu então seríamos para sempre, mais nossos laços, sabemos que não se desfazem quando nós não estamos juntos existe uma interligação maior porque estamos sempre de baixo do mesmo céu, sob as mesmas estrelas cintilantes, é tudo tão simples ao seu lado, tudo é possível, sonhar não é apenas sonhar é quase viver o sonho quando estou contigo... Você diz que eu desisto fácil demais, não é que eu desista, eu jamais desistiria de algo que amo tanto, a minha insegurança as vezes borra toda essa tela que estamos pintando mas eu sei que por mais abstrato que o desenho possa parecer ele tem todo um sentido quando nos tocamos, e tudo faz sentido, e tudo se faz sentir, e ninguém vai entender quando eu digo adeus querendo dizer fica mais um pouco comigo?! Sina minha de me auto abandonar, talvez um dia eu pare de ceder tanto a estes impulsos suicidas, adquiro toda a paciência que eu nunca tive, toda segurança apenas com o toque da sua pele, seja sempre a força pulsante dentro das minhas alusões! outra vida talvez não fosse o suficiente para dar-te tudo aquilo que sinto, talvez nem se aproxime nem um pouco em comparação a toda vitalidade que você tem, me recarrego de fé em todos os quesitos contigo, uma fábrica louca de sonhos irreais, eu não consiguiria te definir em palavras, eu não consigo definir nada, é tudo pele, tato, eu poderia perder horas e horas falando disto, eu poderia perder toda minha vida te observando e talvez ainda não fosse o suficiente, talvez seja mal de canceriano rs, ou talvez você seja mesmo tudo isso que desde que te conheci me permiti senti, e por mais que eu fale isso se torna mais intrigante a cada palavra, realmente não sei bem dizer, mais eu sei que você faz qualquer lugar mais belo apenas por estar presente. Eu lamento por todas palavras que proferi como facas jogadas ao teu peito, isso tudo é um medo absurdo de não te ter mais, apesar de não fazer sentido machucar aquilo que dizemos amar tanto, mais é um modo meio íntimo e brutal de me defender de tudo aquilo que vejo em ti e que não posso obter pra mim, eu fico sempre com essa impressão rídicula de ser apenas o porto e você o navio, quando na verdade eu sei que esse navio sempre ancora por aqui, jamais devo me permitir a ter medo que o navio se perca, pois eu sei meu bem que você sabe bem o caminho de volta, deixemos tudo assim por se fazer então, deixemos as contas o trabalho e obrigações de lado, que hoje eu quero apenas ter você aqui comigo, mesmo que não seja fisicamente, você está aqui dentro em algum lugar secreto que eu criei e de onde jamais você partirá.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Dó com fá sustenido.

As longas frases rastejadas e cansadas, as mesmas conversas ditadas, revisadas e tantas vezes recriadas, qual o medo te impede de ser aquilo que você já foi tantas vezes? eu sei que todo aquele brilho inicial já está mais que ofuscado, a vida segue se repete, me entedia essa repetição interminável de sentimentos amargos... eu sinto uma necessidade incansavel de reafirmação parece que eu não acredito no chão que piso, é como uma dança em areia movediça, há tempos não sabemos mais como essas engrenagens ainda funcionam, mesmo assim ainda rende frutos, a vida se tornou um medo incosolável de estar só, de ser só, medo dividido é menos aterrorizante que medo sozinho, mais nós bem sabemos que quando estamos sozinhos muito da nossa percepção é alterada, as vezes um bicho de sete cabeça é apenas o vulto de uma cortina na meia luz, abrir mais os olhos se torna necessário para que você enxergue a verdadeira imagem, é tudo uma questão de ótica do que você quer ver e do que você teme vê, e qual a proporção cada uma dessas pesa mais na balança, eu sou a eterna polvora do tiro dado em direção ao nada, eu sou o disparo e o susto, eu sou a sutileza de tudo aquilo que não se vê, mais nota-se sua presença, eu que evito palavras e faço do silêncio gritaria, eu que faço das tripas coração quando aparentemente estou imóvel, vou brincando, faço minhas charadas e tenho pena daqueles que não conseguem decifrar, eu deveria ser uma acorde bem facinho de se dedilhar mas parece que poucas pessoas se embalam nesta melodia, eu vou seguindo em linha torta, os suspiros podem ser lidos como súplicas à não morte dos sentimentos que parecem tão vivos nessas horas e tão mortos na sequência das horas, e nessa escala sem lógica não nos cabe perguntas triviais, talvez essas pausas no tempo seja exatamente o que mantem tudo vivo, eu me questiono todo o tempo e de onde me vem tantas teorias e respostas pra tudo que nem chega a ser pergunta, de retorno as mesmas frase e conversas o futuro é um grande etc... apenas com algumas notas diferentes talvez nós consigamos fazer várias versões desta mesma música.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Conclusões de um bêbado.

Então eu sentei e esperei para escrever algo, algo que resumisse ou transmitisse um sentimento atemporal a tudo que me cerca, mais está fazendo frio na cidade toda, e parecia que dentro de mim já fazio frios há décadas... há alguns segundos procurava algo na mochila da faculdade até me esquecer do que estava procurando, aí comecei a fazer outra coisa parei e pensei que tédio, onde todos estão? ahh lembrei dispensei os convites e fiquei offline pra todos... segui prostituindo meus conselhos, abri um vinho e já sei o que vai acontecer, me sinto como aqueles bichos num tubo de ensaio mergulhado em formol, beberei o vinho saírei do casulo vou dormir e acordar ótimo, e mais uma vez empurrei tudo pra debaixo do tapete, esse calvário parece não ter fim, montanha russa de fobias, olha amanheceu a ressaca me lembra os êxtases da noite anterior, vasculho o quarto em busca de informações mas não, não há nenhum vestígio de pulso cortado nem de tentativas de suícido, tudo parece bem, reafirmo na frente do espelho nossa como você está ótimo, o último que precisa saber que precisa de afeto¹, hoje vai ser um lindo dia! 3 horas depois estou na internet vendo suas postagens idiotas, vontade suprema de fazer as malas e sair sem destino já pensei em ser mochileiro pelas estradas da vida, mais meu sedentarismo não me permite arriscar mais que levantar um copo de vinho ou o cigarro até a boca, meu cabelo está péssimo e tudo ao redor, e esse sentimento que não coagula, eu me recuso a fazer uma sutura em cima jogo areia e me enterro vivo, ou enterro você vivo! houve um tempo em que eu acreditava realmente que valeria algum trocado todo esse sufoco, a rapidez dos gestos até o sexo, mais é tudo tão descartável, recuso o altar mais imploro por sua adoração, eu não quero ser a atadura das suas feridas uma vez em que eu mesmo é quem precisa de socorro, egoísmo? talvez seja o que me mantém vivo a não ser uma leve embriagues que me leva dia pós dia, o mundo parece tão apático a tudo isso, a natureza me acalma mais não traz todas as respotas, e talvez nada te traga respostas você joga sem saber se ganha ou perde, até o último suspiro é tudo assim, uma balança que nunca encontra equilíbrio, entre ápices eu vou sobrevivendo, mais tudo ok?! tudo ok! o mundo não existe mais, não o anterior e nesse novo mundo eu dito as regras, eu condeno-me a liberdade total dos meus desejos, chega da submissão, você correrá mais não poderá me alcançar, por que desta vez eu aprendi a voar, e eu cheguei a conclusão que não posso sentar aqui e vomitar sentimentos, eles existem, eu os sinto e por mais que eu sangre pra expô-los não posso.

1- trecho tirado da música "Ótima - A banda mais bonita da cidade".

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Sobre temperaturas e mudança de ventos..

Nunca e sempre são palavras tão fortes e ao mesmo tempo tão inalcansáveis, o nunca é deserto, um mar inteiro seco enquanto o sempre pode ser todo o mar repleto de água impossivel de se ter, eu sei que na vida essas duas persperctivas são impossíveis de se ser, nem nós mesmos somos para sempre que dirá as coisas oriundas de nós mesmo, nossos sentimentos, sonhos, medos etc... a escuridão não é eterna assim como os orgasmos, os êxtases da vida, as pessoas vem e nos fazem um bem danado mas um dia a temperatura muda o gosto muda não sería nem rotina o nome apropriado é como se os sabores já conhecidos não nos bastassem, então giramos a vela do barco da vida e seguimos conforme a mudança dos ventos, isso não significa que deixaremos tudo o que passou para trás, pois o que passou foi um estágio importantíssimo para o que virá tanto pra quem ensinou como pra quem aprendeu, mas a vida não dá pausa, em nenhum segundo sequer nós podemos nos dar o prazer de nos desligarmos de estar vivo, a vida é agora, o instante é esse, eu tenho me sentido tão velho nesses últimos dias eu sinto o cheiro de algumas coisas que já estão mortas e por instantes é como se elas estivessem vivas, e talvez estejam mesmo vivas dentro de algum lugar que eu criei e lá as salvei, é como se fosse um porta luvas de lembranças mortas daquilo que eu não puder levar, porque por mais que você tente segurar certas coisas com mãos, pés, braços e pernas elas ainda assim podem escapar sem você nem perceber, eu falo por mim mesmo que quanto mais me sinto preso mais escapo, feito o ar, quanto mais me comprimirem mais eu tendo a fugir pela primeira brecha, acho que todo mundo tem um pouco disso almejamos o que não podemos ter e quando temos já não faz mais sentido (nós nos tivemos por muito tempo) acordos são quebrados, casamentos cancelados, parcerias são desfeitas e nós são levemente desatados, e o amor eterno já não é mais tão eterno, parece que tudo nessa vida tem uma validade oculta que só a conhecemos quando ela acaba, o é já não é, foi. Não adianta esperniar feito criança, não adiantar chorar nem reclamar a temperatura muda da noite pro dia e os ventos mudam a todo instante e de década em década tambem mudam os sentimentos, eu estive aqui, adorei a companhia mas tenho que partir pra nos salvar do caos e da ruína total de qualquer relação, as vezes é melhor sair antes do barco afundar, as vezes o peso de uma pessoa a menos no barco possa até evitar que ele afunde.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Saltos.

Enquanto ascendo um cigarro, a pausa que leva na hora em que ascendo até ele acabar, a pausa da vida enquanto ele queima, continuamente me leva a pensar o quão passageiro tudo isto é, quanto vai levar até o último suspiro, no ápice de uma fogueira enquanto todo o passado se esvaidece como fumaça eu não me questiono mais!, apenas vou cedendo, as vezes eu sinto que não devemos questionar o que somos e por que somos assim ou assado devemos apenas ser sem razão ou motivo, nunca se sabe por que alguns nascem psicopatas ou por que que umas pessoas são tão más enquanto outras são tão boas, elas apenas são, não há respostas para certas perguntas, talvez sejamos todos peças de um grande quebra cabeça só que estamos embaralhadas procurando achar lugar no mundo, ou pessoas que nos abracem e nos encaixem, as vezes achamos que nos encontramos em outros corpos talvez todos nós humanos sejamos um pouco parasitas, usamos nos alimentamos e de repente quando aquela fonte não nos oferta mais nada partimos pra outra, eu gosto mesmo da noite e de todas as possibilidades de vida que ela nos dispõe, de repente nós podemos ser qualquer coisa, é díficil dizer que de repente você não se vê mais naquele papel de amante eterno você quer voltar a ser principiante, você quer ser menino outra vez o bom que dessa vez você pode ser um menino com sabedoria de um homem, tudo passa e na vida tudo passa muitas vezes, as vezes meus olhos se enganam quer dizer eles podem ser facilmente enganados nessa ânsia toda de amar e de partir já me perdi quando estou partindo e quando estou implorando pra ficar já não sei! espero alguém que me explique o próximo passo, com dedos na boca, roendo as unhas, olhos atentos, antes de pular nesse precipício é bom sempre ter a certeza o qual infinito ele é a queda não pode ser curta, eu quero curtas visões dos pés soltando o chão e o corpo se libertando levemente, me movo para o imprevisível, já fui do verbo ir já fui do verbo ser, já.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Engrenagens enferrujadas.

Enlouqueço, ansiedade, nervos que se enrijecem ou enferrujam, uma década se fecha um pulo, um salto, silêncio...
Há bastante euforia lá fora e enquanto aqui dentro?
deste quarto, deste corpo, um amargo sonho esta noite
Mais uma tragada para dentro...
Expirar,pensamento confusos, numa aparência obvia, não confunda você não está vendo o que parece.
As vezes fica tão difícil acreditar na persistência de si próprio quando se sabe do seu igual histórico de desistências, tudo que eu deixei no caminho, pistas como as migalhas de pão de Joãzinho e Maria, talvez essas desistências sejam sinais deixados para que um dia eu veja que vale a pena persistir em alguns quesitos, as noites são sempre longas nesse mundo sóbrio e eu não tenho palavras que traduzam tudo que eu sinto, geralmente as emoções pairam no ar dentro de mim, talvez isso tudo exploda, talvez você venha me conhecer e me detalhar algum dia você vai perceber que eu nunca digo tudo e que tudo que eu digo nunca quer dizer nada, os dias passam e esse corpo sofre mudanças inevitáveis é a velhice que assombra a interrogação que pulsa do não saber do depois, só posso supor e imaginar uma vida mais branda, uma vida leve e sem sufocos, menos depredação dos sentimentos bons, eu preciso explorar os lados desconhecido desta moeda, engraçado é uma moeda com várias faces assim, uma vida tão enigmática e tão simples um dia eu a amo e no seguinte eu a odeio, me faz pensar que nada nesse momento faz sentido se com o passar do tempo estará mesmo tudo perdido, pecado é pensar que a estrada vale menos que a chegada, chegar pra quê? chegar pro quê? chegar pra quem? A cada dia os meus artifícios mágicos fazem menos sentido, talvez eu precise reforçar pra mim mesmo que há uma certa magia nesse repirar assim como na fumaça do café da manhã quentinho, são tantas direções e falta tanta sinalização no caminho, talvez eu mostre a mim mesmo que não existe esse tal de livre arbítrio, talvez eu esteja suicidando as expectativas de que algo ainda me surpreenda e se for?! e se assim for as surpresas em preto e branco talvez possam ser coloridas dependendo de como serão moldadas, acordo dizendo que irei mudar de vez, vou dormir fazendo as mesmas peripécias do dia anterior e por assim em diante vou fingindo que há como escapar dos vícios deste temperamento, eu sigo distante ao seu lado, eu sigo distante dentro de um mundo privado, onde eu não tenha que explicar meus atos, eu vou usando minha visão e meu tato, vou desgustando os sabores mesmo quando sou privado do mesmo, um dia eu quero sentar e conversar sobre estes tempos de loucura, nem que seja com algum desconhecido talvez alguém que não me conheça me escute melhor do que quem acha que já sabe de tudo sobre mim.