quarta-feira, 13 de junho de 2012

"Perdendo o brilho"

Tem uma letra em ingles que diz "eu sou encrenqueira, eu sou brilhante e infeliz também e é por isso que sou tão engraçada" talvez ela me defina bem, existe infinitas possibilidades lá fora, aqui dentro sempre as piores são cogitadas, o fim do mundo não chegaria nem aos pés de como eu posso ser pessimista nestes momentos, um linha tênue entre o ápice da alegria e o mais profundo poço de tristeza, eu tenho uma habilidade especial em destruir datas especiais  sempre foi assim, desde criança quando estragava a ceia de natal na casa dos meus avós, era sempre a criança chata que nunca se misturava com os primos, mas e agora que já passou infância e adolescência? Não posso mais me negar ao mundo como sempre fiz, simplesmente fechar as cortinas e dormir, fugir neste mundo que é meu quarto como tantas vezes fiz, agora parece que estas paredes estão caindo e que eu estou totalmente desprotegido é como se eu não pudesse escapar desta sina louca de princesa enclausurada a espera de um príncipe que virá em um cavalo branco, mais isso não existe a não ser nos filmes da Disney!, a cada dia é como se um pouco da minha luz se apagasse aos poucos eu vou me escurecendo me tornando cada vez mais robótico, assentimental, é como se algumas coisas nem conseguissem mais me tocar em contrapartida  a isso chorei segunda com uma comédia romantica tão boba, deve ser porque era véspera do dia dos namorados e eu estava praticamente solteiro, mais uma fassanha minha em estragar datas especiais, será se tenho algum conserto? Enquanto eu choro com o superficial e me distancio do íntimo e pessoal os dias viram noites, entre porres e risos eufóricos de um desesperador pedido de não me deixe, só pareço me apegar com todas as forças a qualquer coisa que se mova e ao mesmo tempo me largo de tudo que faz sentido jogo tudo fora só pra depois lamentar a perca com um drama quase que teatral belas palavras tolas, gosto de comer rápido só pra depois vomitar tudo, bulimia social? O caminho, este mesmo que se desenha a cada segundo eu borro todo só pra deixar bem claro o quão desejo me perder dentre tudo e todos, poderia eu me prender ao efémero do que a beleza natural das coisas que irão perdurar por mais tempo que a minha própria existência?!, não existe resposta para o que sinto nem para o que faço, apenas faço, apenas sou, decadente, falído e sem escolhas com um coração que parece mais um ferro velho, entre todas as sucatas que permanecem por aqui existe uma que jamais sairá deste ferro velho e eu não posso negar que por mais que eu me apague existe lá fora alguém que sempre vai poder ascender uma luz, nem que essa pessoa seja as estrelas do céu a iluminar uma noite qualquer, enquanto caminho e fumo mais um cigarro, a solidão está por todas as partes, pior ou não ela tambem se encontra em mim, sigo, sem brilho, sem companhia e com uma vaga esperança porque por mais que o caminho seja borrado até mesmo os piores caminhos levam a algum lugar.


1 comentários:

Marcelo R. Rezende disse...

E importante é sempre traçar algo, um caminho, um acerto, até mesmo um erro, que são eles que mais nos ensinam. Mas não deixe-se enclausurar, é perder tempo. A gente nasceu pra crescer, ir pra fora e se foder, diga-se de passagem. Mas é assim, a pessoa, o instante, a alegria, pode estar bem na esquina que você se nega a virar.