sábado, 18 de fevereiro de 2012

Conclusões de um bêbado.

Então eu sentei e esperei para escrever algo, algo que resumisse ou transmitisse um sentimento atemporal a tudo que me cerca, mais está fazendo frio na cidade toda, e parecia que dentro de mim já fazio frios há décadas... há alguns segundos procurava algo na mochila da faculdade até me esquecer do que estava procurando, aí comecei a fazer outra coisa parei e pensei que tédio, onde todos estão? ahh lembrei dispensei os convites e fiquei offline pra todos... segui prostituindo meus conselhos, abri um vinho e já sei o que vai acontecer, me sinto como aqueles bichos num tubo de ensaio mergulhado em formol, beberei o vinho saírei do casulo vou dormir e acordar ótimo, e mais uma vez empurrei tudo pra debaixo do tapete, esse calvário parece não ter fim, montanha russa de fobias, olha amanheceu a ressaca me lembra os êxtases da noite anterior, vasculho o quarto em busca de informações mas não, não há nenhum vestígio de pulso cortado nem de tentativas de suícido, tudo parece bem, reafirmo na frente do espelho nossa como você está ótimo, o último que precisa saber que precisa de afeto¹, hoje vai ser um lindo dia! 3 horas depois estou na internet vendo suas postagens idiotas, vontade suprema de fazer as malas e sair sem destino já pensei em ser mochileiro pelas estradas da vida, mais meu sedentarismo não me permite arriscar mais que levantar um copo de vinho ou o cigarro até a boca, meu cabelo está péssimo e tudo ao redor, e esse sentimento que não coagula, eu me recuso a fazer uma sutura em cima jogo areia e me enterro vivo, ou enterro você vivo! houve um tempo em que eu acreditava realmente que valeria algum trocado todo esse sufoco, a rapidez dos gestos até o sexo, mais é tudo tão descartável, recuso o altar mais imploro por sua adoração, eu não quero ser a atadura das suas feridas uma vez em que eu mesmo é quem precisa de socorro, egoísmo? talvez seja o que me mantém vivo a não ser uma leve embriagues que me leva dia pós dia, o mundo parece tão apático a tudo isso, a natureza me acalma mais não traz todas as respotas, e talvez nada te traga respostas você joga sem saber se ganha ou perde, até o último suspiro é tudo assim, uma balança que nunca encontra equilíbrio, entre ápices eu vou sobrevivendo, mais tudo ok?! tudo ok! o mundo não existe mais, não o anterior e nesse novo mundo eu dito as regras, eu condeno-me a liberdade total dos meus desejos, chega da submissão, você correrá mais não poderá me alcançar, por que desta vez eu aprendi a voar, e eu cheguei a conclusão que não posso sentar aqui e vomitar sentimentos, eles existem, eu os sinto e por mais que eu sangre pra expô-los não posso.

1- trecho tirado da música "Ótima - A banda mais bonita da cidade".

1 comentários:

Marcelo R. Rezende disse...

Na verdade, eu acho que a gente pode fazer tudo que quiser. Mesmo que doa nos outros. Sempre achei a verdade muito mais sedutora, no fim.