Um belo dia eu acordei e acreditem eu tinha(ainda tenho) um namorado, constantemente estavámos em crise por não sabermos mexer bem nesse troço chamado amor, que estranho algo tão desejado, nós tínhamos encontrado o "pote de ouro" no final do arco-íres tão desejado pelos terráqueos, mais lá estavamos nós, com o amor nas mãos sem saber manuseá-lo, no começo desfrutamos loucamente daquele objeto, fomos às alturas o que nos unia também sufocava, sucumbíamos em juras e promessas sem nos preocupar se conseguiríamos cumpri-las, quanto mais usufruíamos menos entendiamos, mais nos ligávamos cada vez mais um ao outro...
No mais tardar em êxtases e ânimos alterados, quando parecia que aquele objeto estava velho demais, quando todas suas funções tinham sido usadas demasiadamentepor nós, ignorávamos o amor como lixo, fomos infectados por um vírus chamado orgulho, amávamos a nós mesmos, então repartimos o amor, um pedaço para cada um e cada um com o seu! mais não bastava ter ficado com a minha parte eu queria a dele! eu queria submissão, queria ter certeza que seu pedaço jamais seria dado a outra pessoa! mesmo sem saber o que fazer com o meu pedaço de amor, guardei numa gaveta o meu pedaço e fiquei de olho na parte dele! Eu queria que ele trouxesse todas as respostas para meus ânseios e ele também, o orgulho nos impedia de ver que esses pedaços separados não valhia nada, por não querermos agradar nenhum ao outro, não agradavamos ninguém, nem a nós mesmos! Disto nasceu o ódio, mesmo quando estávamos nos mesmos lugares nos ignorávamos, e ríamos desesperadamente para não mostrar que por dentro estávamos aos pedaços... Éramos formidáveis, tinhamos que ser, mostrar fraqueza pra que? se ele estivesse aparentemente feliz eu provaria que estava duplamente mais feliz que ele! Éramos tão tolos, quando se tem amor e não se sabe manusear acabamos traduzindo errado seu significado e leva tempo para entendermos a linguagem do amor, mais em algum lugar dentro de nós mesmo o amor está, recluso e guardado... Proferíamos palavras rudes um ao outro, nos ódiávamos por não sermos mais um do outro, afundávamos em aréia movediça, criávamos armadilhas para machucarmos um ao outro, armadilhas que só serviam para machucar a nós mesmos, odiávamos um ao outro por termos repartido o nosso "pote de outro", nós erámos tão incrivéis juntos e tão falhos separados, percebemos então que nosso amor estava acabando, mais era tão amedrontador perder aquele tesouro(...) Nós dois nos reunimos um dia assim como que por acaso, nossos olhares não conseguiam mentir um para o outro, não foi preciso nem dizer muita coisa, veio uma idéia sabe daquelas que a lâmpada pisca assim em cima da nossa cabeça?! então se juntássemos nosso amor outra vez será se ele duraria bem mais? Então juntamos o que restava do nosso "pote de ouro", ele estava mais dócil e eu totalmente gentil, acho que nunca se entende o que significa esse troço chamado amor, mais juntinho e compartilhado com alguém nossa faz um bem danado! pode ser fácil muito fácil encontrá-lo por aí, talvez só temos que tirar um pouco dessa venda que nos cobre os olhos, esse modismo de dizer que o amor machuca e faz mal, faz se você não souber usar bobinho! mais difícil que achá-lo mesmo só cuida-lo, estamos egoístas demais para dividirmos nossos objetos pessoais, mais quando se trata desse objeto o amor, lembre-se sempre que quando se tem o amor sozinho, ele não irá valer de nada, vai ser só mais um objeto no meio da bagunça do seu quarto, use-o tire a poeira e entregue-o á alguém e reveze o cuidado, duas pessoas cuidam de algo melhor que uma, imagine só um guarda a vigiar um museu ele nunca daria conta, uma hora teria que dormir, que comer... o amor está dentro de você não tenha medo de dividi-lo com alguém por que quando você o entregar você também receberá parte do amor da outra pessoa e você jamais terá que se preocupar quando dormir porque terá alguém cuidando dele por você.
quinta-feira, 29 de março de 2012
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