domingo, 22 de agosto de 2010

lágrimas.

eu não sei de onde elas veem
mais continuar a minar
sem parar por entre os olhos
talvez seja o acúmulo de tanta dor
que não quer cessar
dor que vem de tudo
e do nada
dessa angústia
desse nó dentro de mim
dessa verdade qual não quero enxergar
continuam...

a banhar meu rosto
lavando o que eu não queria
minha alma...
desespero de meu ser
de ser
solitário?
de ser
desapego?
de ser
indesejável
para você!

se ao menos eu pudesse
sentir mais que meras palavras,
sentir ser amado
sentir desejado
as lágrimas continuam
elas nãos cessam.

tenho medo de me pedrificar
de não mais acreditar
você era minha última esperança,
você era minha criança.
e eu o que eu sou para você
estou aqui de passagem
as vezes eu acho que sou
apenas figurante
nessa história
e os bons momentos
ficaram para traz
junto com todos que souberam
junto com todos que saíram
vitoriosos
eu continuo aqui
simples objeto
derramante de suor
ou seriam lágrimas
bem eu já não sei,
o que eu sei,
reflete tudo aquilo que não sou
o que busquei
rejeitado
sigo só
por um caminho árduo,
por meu caminho,
que eu faço hoje
com pingos ao chão
e pegadas de outros
quais não posso apagar.

1 comentários:

Marcelo R. Rezende disse...

Nossa, muito lindo.
Disse muito sobre mim.

Beijo.