Maldito relógio!
você não consegue parar!
sempre em alerta que já é tarde
sempre vindo me salvar
assim tudo foi pelos ares
assim tudo será reconstruído
que não pôde ser
salvo com o tempo é consumido
é compreensível...
minha cara mais uma vez eu vou bater
contra o chão sujo da sarjeta
e minha dignidade?
ainda consigo ter?
a sala de jantar está em chamas
o relógio continua seu tic-tac
mãe? pai? alguém?
acho que vivi esperando
um super herói imaginário
o diabo em um arcanjo
mudou todo o cenário
mas o relógio continua lá
a martelar
minha pulsação
minha expressão
de fraco derrotado
meio a todas oportunidades
em que eu tive pra colar os pedaços
mais meu egoísmo me fez calar
toda aquela verdade
escureceu outra vez
fico calado frente ao tempo
só são ruínas
do que todos nós fomos
e de como não poderemos mais voltar a ser
e o tempo...
ele não parou
vinde à mim todos
os jures
o réu quem é?
sou eu ou aqueles que me julgam?
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