quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O que não há de entender...

Ando tão distante neste quarto, na verdade eu nem sei mais por onde ando, o que eu tenho feito? essa minha confusão parece ser contínua, eu não posso desatar este nó, e toda vez que eu tento parece ser mais firme, a certeza de que não consigo sair deste ponto em que cheguei. A vida pode ser assustadora e ao mesmo tempo uma questão de que devemos apenas entender que não há nada pra se entender, caminhar sem saber para onde se está indo pode ser angustiante, onde estará este ponto de chegada e por onde ir, como chegar? deveria traçar uma linha reta e seguir, mais como eu sou tão desatento a todo e qualquer vento eu desvio de rumo, o que fazer com olhos que não sabem focar? com pés que não sabem para onde ir? dilacerantes confusões, visão ampla e enquadrada de tudo, ócio oscilante, paranóia delirante, de repente eu sou o bicho assustado e enjaulado, sou presa fingindo ser caçador, reconheço minha ignorância diante da vida, mais isto não me torna mais sábio, isto não me torna nada, a vida continua pra mim, esta linha tênue, intríseca, seguem todos os rituais, façam todas a conjugações verbais possíveis, eu recuso a tudo, depois renego-me , culpo o que não entendo por não ser compreensível, tolo como eu só me restou isto, negar as dores para não entender o sacrifício, na verdade eu sou um covarde que se esquiva de todos caminhos penetrando em outros, pulo do barco antes de afundar, o que melhor me convém? é de certo que há caminhos que não tem volta, e é certo que existe um caminho final, mais eu deixo tudo por se fazer mais uma vez, costuro tudo na minha cabeça, mapeio minhas lógicas sem lógicas e pronto já me sinto um pouco melhor, é preciso um pouco de ignorância regada a muita dissimulação e sinismo para continuar neste jogo, e isto não sou eu que digo, e sim o que percebi até agora.

1 comentários:

Coelho disse...

Bichos assim, que tem medo, acabam andando em bando ou se isolando.