domingo, 12 de junho de 2011

Reflexões sobre a vida e a morte.

Uma coisa que ouço muito se falar é que na vida a única certeza é a morte, só não se sabe quando, nem onde, nem de que forma, vivo imprudentemente cada segundo da minha vida, bebo, fumo, me drogo, me isolo, profero palavras más às pessoas amadas, como se eu fosse de ferro invencível e eterno.
E por mais que essa idéia de morte tenha que ser encarada como algo normal não adianta, sempre fico chocado com os que se vão cedo demais, no fim nunca vai importar o modo de vida que você levou, sempre fica a ausência...
Me apavora o desconhecido, o lado de lá, eu quase enlouqueço quando esse assunto paira em minha mente, então o que vai vim depois? você se apega em tantas coisas e formas de não pensar nisto e de repente lá está você pensando, a vida segue uma linha de contínuos desejos, você quer um emprego, uma casa, você quer um amor, a medida que você vai adiquirindo alguns outras necessidades vão surgindo como um ciclo, dizem que é isto que nos mantém vivos, eu chamo de idiotices que inventamos para ocupar nossas cabeças, respirar pra mim já é o bastante, e por isso muitas vezes acho, que se Deus seja lá qual Deus seja me levasse assim de repente, talvez eu não perderia nada, fico imaginando como seria sumir subtamente, quem sentiria minha falta, somos tão egoístas, e quando perdemos alguém que amamos e vemos o quanto isto dói, percebemos como somos mediocres ao ponto de pensar em fazê-los sofrer da pior forma possível e na nossa cabeça seria apenas uma forma de cessar uma dor que cessaria de qualquer forma com o tempo e por fim nos vangloriariamos como hérois por tal ato. A vida pode ser tão louca, são tantos modos de ver a mesma foto, a mesma paisagem, tantos modo de acreditar no que virar, no pós, já fui ateu por muito tempo, era aterrorizador não ter no que crê, era uma vida opaca, mais não voltei a acreditar em Deus por causa disso, como a maioria das pessoas que só querem um Deus para tirarem o peso das próprias costas, projetando nele a perfeição cujo não pode ser, acredito em algo bem maior, sem projeções nem expectativas apenas uma companhia muito mais sábia que qualquer homem na terra, do lado de lá, onde tudo vai ter uma explicação, acredito no tempo passageiro na terra, numa vida eterna mesmo não sabendo onde, acredito, não por medo da morte ser o final e ponto, mais por uma questão de lógica rs, que graça teria não ter o pós, não gosto de me estender nesse assunto por que quanto mais falo menos sentido tem, sexta teve um acidente terrivel, dois mortos, eu os conhecia, não eram amigos próximos mais fiquei tão chocado com toda a história, sobre os laços que criamos e são cortados repentinamente, sem nenhum motivo óbvio, pensei na minha mãe e nos meus amigos em como seria insuportável viver sem algumas pessoas, em como cada segundo pode ser o último, em como não sabemos como viver... Então como viver? como aceitar o fim inevitável de tudo que se inicia, se tem um por que de ter começado haverá um para o fim.
A vida é algo tão frágil e eu não sou nenhum homem de ferro, meros mortais que brincam de deuses superpoderosos, um mero sopro e o que estava aqui já não mais estará, e a pergunta que fica é como será ou quando será? como será a passagem, será que é mlhor morrer dormindo como todos dizem? e em casos de acidentes deve ser tudo num piscar de olhos, como será ficar horas numa cama de hospital sentindo seu corpor morrer, como será o nirvana? o último respiro, ouvi dizer que quem presencia uma morte jamais esquece, eu só queria uma certeza sobre isso de que eu teria algumas pessoas comigo por "lá" seja lá onde seja esse "lá" a solidão me dá medo, ela fala bem mais alto a verdade que não queremos ver, voltando ao assunto e quem vive até ficar bem velhinho mesmo será que vai em paz? será que fica algo por fazer ou por falar? bem, se o que sentimos é o que nos torna humanos, me sinto mais humano nesses lapsos de consciência, é como se eu tivesse de cara com a verdade, aquela que não quero encarar, que daqui a um segundo ou daqui a 100 anos essa hora vai chegar, não adianta beber, fumar, plástica, exercício fisíco, dinheiro, contas etc... o fim sempre é certo, apenas os caminhos que são diferentes.

3 comentários:

Anônimo disse...

Adorei o texto e tenho mais medo de perder quem convivi comigo mesmo que distante, do que fato morrer...isso me deixa só curiosa =)
Talvez quando eu estiver com o pé na cova,possa sentir alguma coisa além de curiosidade e vontade de puxar pésinhos alheios rsrsrs

Brenda Gomes disse...

O fim é tão certo como o começo. Todos temos crenças, imaginações e teorias para o que poderia haver do lado de "lá". De todos os anteriores, não há nenhuma certeza, a única coisa conhecemos é a vida. Então porque não vivê-la por completo? Em cada pedacinho, aproveitando cada detalhezinho? Não sei do amanhã, mas sei que quero lembrar do hoje com saudade. Gostei muito do seu texto. Bjs

Marcelo Godoy disse...

Nossa d+ seu blog!!me segue ai tambem amigo!!Grande Abraço