sexta-feira, 6 de maio de 2011

Sede.

Água por favor! mais um pouco!... mais e mais! Talvez minha sede seja grande demais para alguns parâmetros, quero mais que qualquer fonte possa jorrar, um dia disseram que eu tinha olhos distantes e tristes e isso ficou na minha cabeça por um bom tempo, sinto como se meu olhar externasse toda essa ânsia, tudo que é insaciável por dentro, sob um leve pesar eu sigo, aparentemente perdido, fora do seu habitat natural, cheguei a um ponto de não me importar mais com meus desejos apenas assisto tudo com um certo comodismo que convém, todos em geral vivem em busca da felicidade quando eu olho tudo ao redor e os momentos vividos vejo que fui sim muito feliz em vários momentos diferentes e com muitas pessoas diferentes, talvez eu seja eternamente grato e saciado por estes momentos de luz no passado, nada foi insignificante, tudo valeu muito a pena, já deixei de lado minha síndrome de coadjuvante, rumo aos meus 24 anos certo que tudo é passageiro, tudo é transitório até mesmo a vida, apenas aprendi a admirar a beleza de uma tempestade, a beleza de saber que nem tudo está perdido antes da morte e que por mais que meus desejos sejam saciados sempre haverão mais e isso que move essa grande piada da vida, acordei hoje com um sol enorme radiante queimando ferozmente entrando pela janela sem pedir licença cobriu me como um manto, o céu azul logo se tornou cinza, um cigarro 5 passos porta, sala, cozinha, banheiro. as vezes eu sou tão otimista que nem me reconheço não vejo problema em nada e me choco com notícias tolas na tv, eu sei o tempo todo que minhas imaginações bizarras e paralelas a realidades ditam sempre meus dias e que me ajudam a seguir com mais tranquilidade em alguns momentos, pairo observando a fumaça do café matinal dançando levemente contra a luz natural do sol que se instala pela casa, nesse momento não há desejo, nem ânsia é simples o presente nú e crú, não há sede nem fome é como está naquela companhia tão desejada, só que sozinho, a vida basta e já é bastante para todos, nem sempre sacio minha sede com agua ou minha fome de pão, existem deficiências que não são compensadas só como material, é aí que eu estou localizado no que não se sacia nem satisfaz, apenas existo pra isto vou recriando minhas respostas nem sempre elas me contentam e muitas outras vezes eles me surpreendem além do que esperava, além de um mero copo de água.

1 comentários:

João Maria Ludugero disse...

Por gentileza, passe lá no meu blog. Se gostar, me adicione. Felicidades.
Abraços,
João
www.ludugero.blogspot.com