terça-feira, 2 de novembro de 2010

Own world?

E o que nós somos meu bem? há quem me diga sempre belas frases de auto-ajuda do tipo não fique triste tu irá melhora ou amanhã é um novo dia. Há quem não perca fé diante de tanto ceticismo, a aqueles que sempre caminham pra derrotas e os que nascem já vitoriosos, no auto das nossas loucuras levantemos nossos copos, nossos corpos, de mais uma queda, quem eu sou meu bem? me defina por favor, me enquadre, me encaçape em seu vocabulário! na busca de desejos imediatos e de uma cura rápida para nossas fugas de realidade o que criamos neste mundo a parte de tudo. O que eu nem mais consigo ver lógica dentro das minhas lógicas, só sei que as vezes pesa o bastante sendo capaz de afogar o lado bom de tudo, e a vezes é tão leve como uma pluma, eu sou uma metade incompatível com o restante, talvez não exista forma descritiva pra minha forma, nem ninguém que entenda como preencher de forma aceitável pra mim isto tudo, as teorias começam a fluir, e você amor o que me diz? você deveria se expressar mais, pena você não ser um ser vivo você se quer pode me ouvir nem me ver, daí eu tiro o quão importante é para mim falar contigo, objetos inanimados que dou vida, mostro vida, minha vida, meu reino fantasioso, minhas criaturas adoráveis, talvez essa minha síndrome de Alice não me leve a lugar algum, ou talvez seja o que esteja salvando toda minha vida, o que me segura neste lugar se não minha fuga dele próprio?

O que o amanhã trouxe de ontem, onde essa espera incansável me levará?, no meio do palco de um sonho havia de tudo um pouco! um menino assustado com um mundo ele não conseguia compreender tudo, ele apenas podia viver com suas interrogações eternas, esse garoto tantas vezes buscando se enquadrar e tantas vezes fugindo dos quadros, do óbvio tantas vezes correndo de si mesmo num medo maior de ser igual a qualquer coisa visível incompreensível, esse menino nunca cresce mesmo achando seu corpo diferente de 10 anos atraz. Ele só precisa que sua imaginação torne real o seu mundo fantasiado e de alguém pra segura-lo no colo e dizer que está tudo bem. A esse menino não tem restado muitas opções meu amor, ora pois o que seria de mim sem esse menino? sem o meu mundo alternativo? eu sei que há muito pra este menino aprender como por exemplo parar de conversar com objetos inanimados do seu quarto, há muito de entender, há muito de aprender, a muito de ensinar mesmo sem platéia o seu palco criado sempre estará com luzes acessas, e que há de mais maravilhoso se não é você saber como ser seu próprio público, talvez esta vida seja apenas um ato de uma grande peça em eterno movimento como o tic-tac do relógio que nunca para, nós também não devemos parar mesmo que por muitos momentos desejamos tanto um pause, e a esse menino sempre haverá um objeto em que confiar todas estas insanidade e palavras soltas, todas angustias e medos, a esse garoto sempre restará um mundo a parte, e alguém pra cuidar dele não importa se esse alguém não for real também.

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