domingo, 27 de junho de 2010

Domingo


Tenho pressa,
ânsia do que não vive, domingos se arrastam
cigarros acabam, olho a janela
o dia parece um quadro
congelado, como minha palavras
frias, respiração
música ao longe
música lounge, me arrasto ao telefone
não estava tocando
ninguem, mudo e surdo, domingo.

Vida estática, intríseca
vinde a mim acasos!,
vinde a mim o marasmo
todos passam
relatam
eu não escuto
estaria eu absorto
anestesiado de sonhos
psicodélicos, paranóia, viagem.
Transcedendo...

Poderia eu fugir de mim?
este dia que poderia não existir
que diabos de sina
de encontrar-me sempre no chão
copo, cigarro, mão
o que me queima
desce rasgando a garganta
perfura o peito
me desobedece

domingo aquece
tarde lenta, palavras fogem
sinto-me mais próximo
do ponto de maior distância
do que faz nexo
do paradoxo das minhas
inquietudes, amplitude
de sentidos
do início e do fim.
___________________________
e de repente tocou
(I got a secret, i can't tell you) K. Nash.

sábado, 26 de junho de 2010

sexta, tarde, nós.

Como poderia descrever essa sensação?

Tua pele se entrelaça na minha, corpos, suor, sussurros
you have to be all my mine...
entrega de momentos...

Sensação em momentos,
nossos momentos,
teu silêncio...

o final de junho se aproxima
e com julho vem tantas coisas
um aniversário que eu sei que meu presente será tirado de mim,
"despedidas" de idade e renovações
lá vou eu ( e lá vai você)
estaca zero.

Mais por um milésimo de segundos,
tudo vale tanto,
respiro,
eu poderia morrer em finais de tarde assim.
o dia termina com a sensação
de que dei tudo de mim
sabe?!
não faça interogações com o olhar
não faça promessas
após vinho.

sinto-me tragado,
hoje voltando na rua algo me chamou atenção,
a vida toda poderia se resumir a um momento
e se os nossos momentos batessem
faz algum sentindo?
como naquele momento em que todos os ponteiros do relógio
se acertam um sobre o outro,
então nossa vida seria resumida a esta tarde,
cheguei terra e você me fez agua
e juntos fomos fogo,
em breve seremos ar,
minhas teorias furadas
após o teu sexo.

não consigo não interligar tudo
início, meio, fim
onde estaremos
nesse enredo?
confundo as vezes parece início
as vezes eu sinto que estou delirando
me pergunto pra quem
posso recorrer
se está tudo ao acaso
eu sou o acaso
que se fez destino
estrada
tempo
fique certo
de que minha incertezas estão
prestes a desaparecer,
junto com o amargo da solidão
espio sua repiração
sincronizo no seu ritmo
faço uma melodia
e nela me embalo na noite
quando não posso mais tê-lo
quando não puder mais tê-lo.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Sina de ser eu.

Meu olhar se espreme por entre as pálpebras, essa foi a útima vez que reneguei meu orgulho, (rastejei até o telefone, e esperei ele tocar) estalava os dedos, tragava meu cigarro, bebia mais um copo de vinho, nada acontecia, é sempre assim as ultimas cartadas de um jogo perdido, e mais uma vez eu vou me levantar aos poucos reconstruindo minha auto-estima.

Me assusta sua capacidade de ser assim, me envergonha eu dar valor a coisas que para você são insignificantes, e quando a magia se for nossos olhares serão apenas capazes de dizer um simples olá! Meu Deus preciso parar de ser paranóico, mais essa idéia simplesmente me assusta, me angustia, sua indiferença, e quando eu tento ser forte você me desarma de alguma forma me quebra ao meio, eu me odeio por não conseguir te negar que seja um olhar, eu não sou fraco disso eu sei, mais você me anula, então qual a próxima fase? seu distanciamento me amedronta, chega não falarei mais nisso, eu tinha um sonho que foi apagado aquela noite, minhas tempestades parecem durar sempre mais que as calmarias, sou amedrontado pela solidão, pela corrupção, pela hipocrisia das pessoas ao meu redor, eu preciso disso (ele) como alicerce, por que procurar aceitação vinda de outra pessoa? eu que sempre alimentei uma imagem de forte perante as pessoas, que sempre disse que não precisava de ninguem, nem me esforçava para aproximar as pessoas de mim, me vejo rastejando até você, quantas noite regadas a cigarros e a bebidas seram capazes de me fazer esquecer tudo, essa dependência química, física, mental, e como irá decorrer tudo até novembro? se eu não consiguir suportar até la, minha mente estoura, e você seguirá com seus planos , alias só eu estou sobrando aqui.

domingo, 20 de junho de 2010

Love game.


Eu queria saber acalmar as vozes furiosas em minha cabeça, eu queria realmente apenas não me importar com algumas coisas, eu construo todo um alicerce mais é falho, eu sou falho, tenho decepcionado a mim mesmo, que vergonhoso dizer isso, assumir meus defeitos tem sido meu primeiro passo, eu tenho estado em coma, eu tenho estado dopado, por muitos dias e noites, isso está sendo uma queda de braço? eu continuo caminhando só pela noite, é sempre "eu", e acaba sempre no "eu", onde começa e onde termina, problemas e soluções, mas agora exatamente agora eu me sinto neutro, eu sempre fui de deixar por fazer, sabe nunca me mostro totalmente, estou a espreita, a espera que você mate a charada! eu sou todo interrogação, sou aquele ato que você duvidou que eu faria, mais parece que eu vou ser a pergunta deixada pra ser respondida por última nesse teste, ainda não foi capaz de descobrir-me, você quer respostas fáceis demais e eu quero que você venha e me desbrave como um caçador na mata, quero que você jogue o laço, me pegue na sua armadilha, mais não, você faz tudo errado, creio que não estou sendo exigente demais, pois eu sempre fui presa fácil e sabe eu cansei, você não pode simplesmente me ler com um olhar, e é nesse ponto onde você perde, eu perco, nos perdemos, ainda teremos tempo para o tempo perdido? está tudo acontecendo e eu me sinto num filme de ação metricamente em ações contadas, se perder o ato eu não saberei o que fazer, mais que diabos?! estou mais uma vez te dando as coordenadas! sou apenas o mapa e não te ensinarei como ler-me, descubra, arrisque! não temos tempo para medos e dúvidas sua vida toda pode valer a pena em um segundo, e estou aqui para te provar, apenas não demore muito a chegar ao ponto, pois sou de lua e a próxima estação esta chegando rs.

sexta-feira, 18 de junho de 2010


Eu fujo de mim mesmo quando te renego, quando espero, espero silenciasamente pelo fim, pelas horas marcadas pelo som do rológio, os beijos e o cheiro que habita em algum lugar indefinido em mim, insanidade do meu ser, busco forma, busco palavras pra decifrar, busco sabedoria para entender, mais não consigo ir além de somar dúvidas e perguntas, então eu calo e deixo-me apenas entregue às sensações proporcionadas pela presença, sei que em breve, será ausência, breve será saudade, breve serão momentos que não serei capaz de esquecer…

domingo, 13 de junho de 2010

Bingo!

Cada dia mais certo que o caminho que segui foi o certo! rs e chega a ser nem sei se posso falar engraçado?! então agora parece que ta tudo voltando ao seu normal, chega de angustias, chega de dores, rsrs estava sem a mínima vontade de escrever acho que sou movido a dores como todo bom e sentimental canceriano, ouço tribalistas desde a semana passada, bebi vinho, e no sábado com minha alma gêmea claro a Ariadne rsrsrs e com ele, minha escolha minha excessão, quebrei varias vezes as mesmas regras e claro com ele não seria diferente se não, não seria eu tomando o controle mais o errado se fez certo o final do ano passado foi pesado e este ano entrei fazendo loucuras, aventuras e conhecendo-me melhor sinto-me leve leve leve, como uma pluma o rio segue seu percurso pra mim e pra todos o destino pregou sua peça mais agora acho q faz sentido os ensinamentos que ele trouxe o que virá não sei, só sei que me sinto forte o bastante pra seguir de cabeça erguida e com um sorriso no rosto.

domingo, 6 de junho de 2010

Closer


Parece que eu estou cada vez mais próximo, teu cheiro que impregna minha roupas e habita minha pele, você deixa em mim aquela sensação estranha como de quem saiu do mar e ainda sente a água no corpo, o timbre da tua voz que percorre os corredores dos meus ouvidos dizendo levemente exatamente o que eu preciso ouvir, sabe eu não acredito mais em amor eterno , amores pra vida toda e todo aquele blah blah blah, estou ficando cético demais, mais você me dá muitos motivos pra sonhar, só que me sinto enferrujado nesse aspecto, meu coração parece um ferro velho cheio de sucatas, restos enferrujados, nada mais parece funcionar mais quando sinto você nada mais importa, eu sei que uma despedida virá em breve e não me importa o quanto irei chorar quando você se for, nem mesmo com a possibilidade desse sentimento acabar dentro de nós eu não me privarei de viver contigo o quer quero o que estou vivendo, tantos amores já se foram eu não queria dizer-te que você poderá ser apenas mais uma sucata neste lugar onde os mortos vivem em memórias tão vivas.
O que me resta se não aceitar minha fraqueza e vulnerabilidade diante da vida, sou apenas peça deste jogo, movo-me lentamente quem ganha? quem perde? se sou caça ou caçador essas respostas simplesmente não importa, o que importa agora é o que eu quero, o que eu posso fazer, eu decido, me arrependo, volto atrás, enlouqueço mais de repente você como ninguém mantém-me vivo, como a agulha na veia por onde injetam o remédio para vive, desço da nuvem e vejo o quão o mundo é injusto, por que te vais logo agora? calma paciência haverá uma solução, dentro de nós onde nos guardamos distantes de tudo, há um lugar que eu sei que o que vivemos hoje, estará vivo para sempre, guardarei o nosso melhor a junção, a fusão, a nossa cumplicidade de mesmo sabemos que iríamos ter que nos separar em breve resolvemos como adultos ficarmos e vivermos tudo isso, então seremos adultos o bastante para lidar com a separação, separação dos corpos, pura distância geográfica, mais de que nada conta diante do que podemos ser capazes com nossas mentes mesmo distantes de nos amar, vou manter você trancado por dentro de mim.