quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Delírios.

O que sobrou de ontem? e o que trará um novo amanhecer...

Dizem por aí que tudo tem um porquê, que tudo se interliga, eu vejo minha vida toda interligada por acontecimentos aleatórios, concerteza o que me prende neste lugar é mminha ânsia de fuga, nada veio como o imaginado, nada aconteceu como o planejado, nada de amor visceral, outras espécies se comunicam mais comigo, eu sou de outra espécie tenho certeza absoluta! a minha espera pelo que não há de vir é uma tortura, vou me dissecando aos poucos, e as vezes sinto como se ainda fosse vivo os bastante pra suportar mais deste mundo! pego um copo de vinho e ascendo mais um cigarro, na noite escura e fria, níguem bate a porta nem mesmo dobra por esta rua, ninguém vê o que eu vejo no espelho.

É como se o mundo todo lá fora fosse uma ilha distante, sonhos em vão, lutas em vão, o que mais me amedronta é o inevitável e inemaginável futuro, por muito tempo eu vi a vida passar por esta janela, e quando eu me atrevi a pular descobri que a paisagem era mais bela estática, que quando me aprofundei nessa amplitude nem tudo era belo, havia toda uma escuridão que me cercava e me acompanhava onde quer que eu fosse, queria que a vida fosse como nos filmes, aquele esplendor eterno e mágico, e nem sempre a verdade é aquela que imaginamos, nem tudo é belo no final, agente caminha fazendo um caminho sem volta ou se muda agora ou se fica estático pra sempre no passado , eu mudo, me agito no silêncio, como um bater de asas de uma borboleta, mais nem sempre no dia seguinte o meu ontem foi mudado, mais continuo persistindo na mudança do hoje, um dia acordarei e lembrarei de ontem como um dia perfeito, talvez aí eu tenha descoberto a charada de tudo, e o futuro poderá ser meu , para sempre guardado no passado.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Até onde...

Por que eu tenho essa mania horrenda de querer que as pessoas se redimam? quem eu penso que sou? talvez a vida ainda não tenha me ensinado o bastante, que as pessoas vem e vão, quem está hoje aqui talvez não seja quem estará amanhã. Qual a grande charada da vida? em que momento eu vou compreender tudo isto?

Eu vejo eles fazendo a passagem final, eu vejo os ansiões se preparando para o grande ato final, eles tem a calmaria dos que já sabem tudo, parecem que não se preocupam com o que está por vim, me pergunto até quando essa angústia ferirá meu peito? até quando o desejo insaciável, talvez seja mesquinho demais para me redimir diantes dos meus questionamentos, ou será que sou apenas um ser humano falho como todos neste mundo? quanto tempo levará até aprender o real sentidos dos sacrifícios vitais pra a expansão do meu ser, o pós sempre me causou medo, e quando alguém abre a boca para falar que o tempo acaba com tudo eu sinto calafrios, uma dor intensa de quem não quer se entregar, de quem tem gana por mais eu quero aprender mais e mais, e se no final for apenas o final mesmo de que adiantou esta corrida.

Dia pós dia eu quero engolir as pessoas para dentro do meu ser, eu sinto que elas são extensões minhas e sinto uma imensa tristeza por saber que um dia todos se perdem nesta estrada, eu só quero ter alguem pra conversar, que me compreenda o bastante para me abraçar forte e não me deixar levar todo esse peso sozinho, eu quero todos, eu quero tudo! As vezes chega ser insuportável conviver com tantos questionamentos, e as vesez um momento vale toda a vida, eu sei que eu serei engolido por elas pois minhas interrogações assolam todos os vácuos na minha alma, que não calam diante de qualquer explicação barata, e tudo que consumo me consome veroz como um raio de luz, tudo que almejo me aproxima mais do fim, eu relaxo de uma forma auto-destrutiva, sei os caminhos certos mais procuro os errados, de certa forma eu busco qualquer coisa que faça lógica e que me venha do externo, do que não seja real, eu busco o inatingível porque o alvo final virá do sobrenatural, os céus se abrirão para que eu entenda, o sol a lua que nunca se encontram dentro de mim farão fusão, dentro de mim o bem o mal, o certo e o errado, dentro de mim, eu sei que o universo está em mim, e meu mundo se faz girar a partir dos meus desejos e dos meus fins, pluralmente fins, porque sei que não me deixarei tomar por inteiro pelo fim, irei aos poucos como quem não se entrega na primeira derrota, fins de quem vai entendendo aos poucos e se deixando levar...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Meu capricho...

Eu me apaixonei por uma estátua, tão bela e encantadora, seu quase riso seus olhos neutros a luz do sol, no início até mesmo o movimento que sua sombra na terra fazia junto ao movimento do sol era perfeito...

Então após algum tempo esse encantamento foi perdendo a graça, sempre tão gelada sua pele petrificada me deixava frustrado, e mesmo quando eu tento falar-te minhas queixas você continua lá imóvel, as vezes eu só desejo um toque para que eu entenda que está tudo bem, mais oras eu me apaixonei por uma estátua preciso me adaptar com seu olhar cego e sua pose indiferente de todos problemas do mundo, enquanto eu faço meu teatro a sua frente, meu drama grego, mais que me adianta ser um drama king? se você continua aí, então eu mudo de estratégia! eu me adapto a você finjo não ligar, olho para outros quadros finjo me interessar para causar um certo ciúme, mais você parece ter a plena convicção que eu estou amarrado ao teu pedestal, então eu já nem sei mais o que fazer talvez um dia eu te destrua! apenas na intenção de te mover ou diferenciar sua posição inoperante.

Então me acalmo respiro fundo e penso, já ta tudo uma merda mesmo deixa isso rolar, enquanto eu fico aqui do seu lado, que nem gato com um novelo sabe?! tipo quando ele fica mordendo e jogando o novelo para longe fingindo não está nem aí e sempre olhando de rabo de olho para não perde-lo de vista? é talvez eu adore um drama, e talvez eu adore te dar tapas e te distanciar só pra depois correr me ajoelhar aos teus pés te pedindo perdão, ou... talvez eu adore a fantasia de um relacionamento impossível, talvez eu seja uma juliette dos anos 2000 e você estátua está pronta pra ser o meu romeu?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Own world?

E o que nós somos meu bem? há quem me diga sempre belas frases de auto-ajuda do tipo não fique triste tu irá melhora ou amanhã é um novo dia. Há quem não perca fé diante de tanto ceticismo, a aqueles que sempre caminham pra derrotas e os que nascem já vitoriosos, no auto das nossas loucuras levantemos nossos copos, nossos corpos, de mais uma queda, quem eu sou meu bem? me defina por favor, me enquadre, me encaçape em seu vocabulário! na busca de desejos imediatos e de uma cura rápida para nossas fugas de realidade o que criamos neste mundo a parte de tudo. O que eu nem mais consigo ver lógica dentro das minhas lógicas, só sei que as vezes pesa o bastante sendo capaz de afogar o lado bom de tudo, e a vezes é tão leve como uma pluma, eu sou uma metade incompatível com o restante, talvez não exista forma descritiva pra minha forma, nem ninguém que entenda como preencher de forma aceitável pra mim isto tudo, as teorias começam a fluir, e você amor o que me diz? você deveria se expressar mais, pena você não ser um ser vivo você se quer pode me ouvir nem me ver, daí eu tiro o quão importante é para mim falar contigo, objetos inanimados que dou vida, mostro vida, minha vida, meu reino fantasioso, minhas criaturas adoráveis, talvez essa minha síndrome de Alice não me leve a lugar algum, ou talvez seja o que esteja salvando toda minha vida, o que me segura neste lugar se não minha fuga dele próprio?

O que o amanhã trouxe de ontem, onde essa espera incansável me levará?, no meio do palco de um sonho havia de tudo um pouco! um menino assustado com um mundo ele não conseguia compreender tudo, ele apenas podia viver com suas interrogações eternas, esse garoto tantas vezes buscando se enquadrar e tantas vezes fugindo dos quadros, do óbvio tantas vezes correndo de si mesmo num medo maior de ser igual a qualquer coisa visível incompreensível, esse menino nunca cresce mesmo achando seu corpo diferente de 10 anos atraz. Ele só precisa que sua imaginação torne real o seu mundo fantasiado e de alguém pra segura-lo no colo e dizer que está tudo bem. A esse menino não tem restado muitas opções meu amor, ora pois o que seria de mim sem esse menino? sem o meu mundo alternativo? eu sei que há muito pra este menino aprender como por exemplo parar de conversar com objetos inanimados do seu quarto, há muito de entender, há muito de aprender, a muito de ensinar mesmo sem platéia o seu palco criado sempre estará com luzes acessas, e que há de mais maravilhoso se não é você saber como ser seu próprio público, talvez esta vida seja apenas um ato de uma grande peça em eterno movimento como o tic-tac do relógio que nunca para, nós também não devemos parar mesmo que por muitos momentos desejamos tanto um pause, e a esse menino sempre haverá um objeto em que confiar todas estas insanidade e palavras soltas, todas angustias e medos, a esse garoto sempre restará um mundo a parte, e alguém pra cuidar dele não importa se esse alguém não for real também.