domingo, 22 de abril de 2012

Eu nunca...

Talvez eu não seja daquelas pessoas com personalidade marcante sabe eu estive pensando e depois de uma semana doente nenhuma ligação ou mensagem, ninguém lembrando de você, eu nunca fui o mais popular do colégio, na vida toda eu só recebi um presente de aniversário um livro de uma grande amiga, eu nunca tive aniversários surpresas, nem recebi nenhuma homenagem, eu nunca salvei alguém em apuros e nem tive nenhum ato heróico, não recebi a chava da cidade, nem vivi um amor impossível, nunca fui lembrado por professores, eu nunca fui o filhinho da mamãe eu tinha uma irmã encrequeira que era o centro da familia, eu não tenho histórias mirabolantes pra contar nem um papo legal que te deixa preso mais que 20 minutos, lembro-me que nos meus 15 anos tudo o que eu queria era passar desapercebido, não chamar atenção de nenhuma maneira, me tremia todo quando o professor chamava meu nome pra ler o que quer que fosse na frente da classe, e hoje quase 10 anos depois eu até que queria saber como é ser o a caça e não o caçador, eu sempre fui mais telespectador, eu nunca bati em ninguém, talvez tenha até feito um ou outro rir de alguma idiotice que falei sempre pareci o bobo da corte eu nunca me senti amado totalmente, eu já fiz loucuras e já cortei o país por alguém, ninguém nunca atravessou a rua por mim... Eu nunca chorei atravéz de emoções própias eu sempre chorei vendo filmes, eu sempre senti as emoções por um filtro, talvez eu tenha vindo a um mundo onde tudo já foi dito, vivido e sentido por outros. Eu nunca me surpreendi com nenhuma atitude, eu nunca realizei um sonho, eu nunca quebrei as regras, eu nunca zombei de alguém por deficiência, eu nunca desejei a morte de alguém, mais já me imaginei maltrantando algumas pessoas, eu já senti ódio, eu já senti pena, eu já morri de amor eu já fugi da cena, eu nunca consigo manter o foco, minha memória não me escraviza como também não me ensina, eu já disse desculpas e me perdoe mesmo estando totalmente com a razão, eu nunca ouvi desculpas mesmo estando completamento com a razão, eu sempre perdoou antes de necessitar de desculpas eu sempre corro atras pra me redimir mesmo nunca ninguém indo atras de mim, talvez eu não faça a mínima diferença no mundo talvez o mundo não faça a mínima diferença em mim, talvez porque eu não seja deste mundo ou talvez porque esse mundo não seja de mim...


quarta-feira, 11 de abril de 2012

O lobo.

Aniversários depois dos 19 ou dos 20 sempre só me serviram pra me trazer uma puta crise existencial, este ano farei 25 anos e ainda faltam 2 meses e eu já estou tremendo na base, eu não sei bem como pensar sobre vários assuntos nem que opinião ter, geralmente meus embasamentos são feitos de coisas tão efêmeras, do futuro que eu idealizei na adolescência ao que tenho hoje nada foi como pensei, e mesmo estando namorando na maioria do tempo eu me sinto sozinho, mesmo em uma roda de bar com amigos, do momentos felizes rabiscados no caderno e deixados na estrada, as vezes eu acho que serei um lobo solitário por que as vezes é tão difícil compreender aquilo que quero? talvez eu seja intenso demais, peço uma dose de ventania quando o bar só vende doses de leves brisas, eu sei que eu talvez nunca encontre o meu Romeu idealizado desde a adolescência, a questão é vale a pena se adaptar e aceitar que você está vivendo de migalhas ou que você deve arriscar e procurar alguém que ame com a mesma intensidade que você? Talvez eu esteja querendo manter de pé um espelho quebrado que eu matenho-o colado os pedaços, mais sempre sabe-se que ele jamais se tornará um espelho como antes, uma vez quebrado, mais bem no ano em que vou fazer 25 anos eu quero paz, mais quero amar e ser amado, eu queria saber traduzir todos estes anseios, talvez ele precise de alguém melhor, e eu de alguém que encoste seu pé no meu durante a noite só pra eu não me sentir tão só, talvez eu fuja um dia sem deixar vestígios só pra saber se eu vou sentir falta daquilo que nunca tive, a procura alucinante do amor que eu não tive, em busca de uma erva milagrosa que feche estas feridas, enquanto esqueço meus olhos no teu corpo eu não poderei ver a beleza em mim mesmo, talvez um lobo que não procure companhia no fundo tenha medo, talvez você aprenda que minhas fugas temporárias talvez sejam um preparatório para algo definitivo, mais tanto faz se nestas mesmas fugas não há alarde nem falta, eu sou aquele objeto que vai ser confundido com outro, aquele que você perde no caminho e nem nota, eu posso dizer que um dia amei e sofri e prestes a completar meus 25 anos, posso dizer que perdoei e tentei, que tive paciência e aprendi a esperar... bem não fez muita difença nos resultados ainda me sinto um lobo solitário, aprendi que não adianta muito falar quando só aprendemos quando perdemos, eu tive que perder várias vezes pra te da esse amor sem censura e você meu bem o que terá que perder? talvez não se perca nada quando não se tem nada, mais eu não sei pesar valores e daqui a 2 meses quando fizer meus 25 anos ainda não saberei pesar nada por isso eu fujo por não saber o peso da mochila nas minhas costas.