sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Ahh viver..

Ô vida, o que queres? o que eu quero de você além de respostas para todas estas angustias infundadas?

Todo este tempo creio eu viver nas minhas regras, quieto no meu cantinho, um mundo a parte, agora este receio de viver, de dividir, antes era receio de guardar de oprimir, assim como ele creio que esteja aprendendo eu também estou, e mesmo eu sendo mais velho eu o vejo como um velho sábio, agora que eu abri esta porta e não tenho mais medo algum de me mostrar, foram me concedidos outros medos de ganha-lo no início de perdê-lo agora, e quando alguém vem e me diz: "Tudo nesta vida acaba com o tempo" eu quero mais é que se dane!!! quero tudo preso à mim, quero tudo preso em mim! sofro por antecipação, sofro por imaginação, sofro por viver assim nesta intensidade. Poucos são os que conseguem acompanhar-me, e se eu não posso ter pra sempre por que me vem estas doses homeopáticas? será que temos mesmo todo tempo do mundo como dizia Renato Russo? então procuramos nossas fugas da realidade no álcool pra uma alegria momentânea, no cigarro pra controle dessa ansiedade em alucinógenos, e depois encaramos nossa verdade maior que no dia anterior, e eu que culpa tenho das tentativas fracassadas do passado? elas parecem maiores agora! é como se meu cérebro tivesse condicionado a pensar e me fazer agir de um único jeito! não! eu não vou ceder sempre a este impulso, eu sei que não devia atirar mais o dedo aperta o gatilho antes de qualquer coisa.

Eu sei que isto não vai mudar da noite pro dia é um processo lento. Observo toda minha alegria em um passo certo e quando as respostas vem como esperado então saiu de mim. Algumas coisas queimam, ele queima me faz delirar e arder queria está dentro da sua cabeça por instantes de decifrá-lo por completo, aí já não teria mais nenhuma graça jogaria fora depois, por isto estou me adaptando a tê-lo aos poucos, e assim construindo toda a sua definição dentro de mim, é estranho mais já não me sinto só, mesmo com a ausência... e sabe de uma coisa talvez a vida seja apenas fatos e ações momentâneas tá rolando continuamente você vai aprendendo a dançar conforme a música e assim com seu gingado tudo se vai levando, eu sei tô aprendendo a confiar em mim e não preciso ter medo disto, quando chegar o fim, ahh quando chegar o fim sei que não irei mais me interrogar tanto, deve ser o que diz aquela canção no final tudo acaba bem...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Doces pequenas doses.

O telefone que não toca mais, nem a campainha, nem nada. Eu chego a pensar que eu não sou real e que tudo é apenas fruto dos meus sonhos frustrados. Essa merda toda me faz pensar que eu sou a menor pessoa do mundo, por isso ignoro a todos, e a única pessoa que provavelmente poderia me salvar de mim mesmo me deu as costas e ta seguindo rumo contrário de onde estou, tudo isto parece um pesadelo sem fim, só porque eu me tornei escravo dos meus mártirios, eu não sei desde quando surgiu essa idéia de esperar uma palavra externa pra poder conseguir um pouco de calma, mais só funciona assim não adianta eu me dizer que está tudo bem eu preciso ouvir de outra pessoa. Mas eu tenho tentado duramente mudar este contexto, as vezes falta ar para continuar tudo isto, uma luta inútil contra uma força maior, das lembranças da infância por melhores que sejam só consigo capturar as tendências suicidas da adolescência, a única coisa que me serviu eram meus belos danem-se para tudo que me era imposto, hoje eu sou um bosta de um conformado, me tornei tudo aquilo que detestava, me tornei meu pior inimigo, sonhos vem e sonhos vão, realizá-los fica cada vez mais distante, só de passagem todos nós estamos, e se é sozinho que se nasce e se morre por que dessa dependência? me apego tão facilmente quanto me desapego as vezes é uma virtude outras é um carma, quando quero já não quero, quando não quero mantenho-me no desejo contínuo... e se essa for a minha sina? aceitar eu já aceitei onde irá me levar é a questão maior de todas minhas questões, vale a pena? eu tento manter firme esse laço, mais as vezes sabe não depende só de mim manter isto vivo, e quando eu espero as atitudes externas elas nunca vem, nunca são os bastante pra me convencer então eu desisto, agora não sei como falar, mais desistir é sempre meu próximo passo, desistir verbo rotineiro, não se espante quando souber que eu desisti, eu não aviso simplesmente faço. Só não desisto de mim mesmo sou egocêntrico demais para isto, mais do resto é tudo descartável que eu já sei.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O que não há de entender...

Ando tão distante neste quarto, na verdade eu nem sei mais por onde ando, o que eu tenho feito? essa minha confusão parece ser contínua, eu não posso desatar este nó, e toda vez que eu tento parece ser mais firme, a certeza de que não consigo sair deste ponto em que cheguei. A vida pode ser assustadora e ao mesmo tempo uma questão de que devemos apenas entender que não há nada pra se entender, caminhar sem saber para onde se está indo pode ser angustiante, onde estará este ponto de chegada e por onde ir, como chegar? deveria traçar uma linha reta e seguir, mais como eu sou tão desatento a todo e qualquer vento eu desvio de rumo, o que fazer com olhos que não sabem focar? com pés que não sabem para onde ir? dilacerantes confusões, visão ampla e enquadrada de tudo, ócio oscilante, paranóia delirante, de repente eu sou o bicho assustado e enjaulado, sou presa fingindo ser caçador, reconheço minha ignorância diante da vida, mais isto não me torna mais sábio, isto não me torna nada, a vida continua pra mim, esta linha tênue, intríseca, seguem todos os rituais, façam todas a conjugações verbais possíveis, eu recuso a tudo, depois renego-me , culpo o que não entendo por não ser compreensível, tolo como eu só me restou isto, negar as dores para não entender o sacrifício, na verdade eu sou um covarde que se esquiva de todos caminhos penetrando em outros, pulo do barco antes de afundar, o que melhor me convém? é de certo que há caminhos que não tem volta, e é certo que existe um caminho final, mais eu deixo tudo por se fazer mais uma vez, costuro tudo na minha cabeça, mapeio minhas lógicas sem lógicas e pronto já me sinto um pouco melhor, é preciso um pouco de ignorância regada a muita dissimulação e sinismo para continuar neste jogo, e isto não sou eu que digo, e sim o que percebi até agora.